ATA DA NONAGÉSIMA OITAVA
SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA
LEGISLATURA, EM 23-11-2006.
Aos vinte e três dias do mês de novembro do ano de
dois mil e seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho,
a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos Vereadores Bernardino
Vendruscolo, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João Carlos Nedel,
Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Professor Garcia e Raul Carrion.
Constatada a existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos.
Ainda, durante a Sessão, compareceram os Vereadores
Adeli Sell, Alceu Brasinha, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Elias Vidal,
Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Manuela d'Ávila, Margarete
Moraes, Maria Celeste, Mario Fraga, Maristela Maffei, Maristela Meneghetti,
Nereu D'Avila, Neuza Canabarro, Paulo Odone, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e
Valdir Caetano. À
MESA foram encaminhados: pelo Vereador Adeli Sell, o Pedido de Providência nº
1990/06 (Processo nº 5467/06); pelo Vereador Carlos Todeschini, o Pedido de Providência
nº 1989/06 (Processo nº 5461/06); pelo Vereador Professor Garcia, os Pedidos de
Providência nos 1965, 1966, 1967, 1968, 1969, 1970, 1971, 1972,
1973, 1974, 1975, 1976, 1977, 1978, 1979, 1980, 1981, 1982, 1983, 1984, 1985,
1986, 1987 e 1988/06 (Processos nos 5437, 5438, 5439, 5440, 5441,
5442, 5443, 5444, 5445, 5446, 5447, 5448, 5449, 5450, 5451, 5452, 5453, 5454,
5455, 5456, 5457, 5458, 5459 e 5460/06, respectivamente), o Pedido de
Informação nº 254/06 (Processo nº 5464/06) e as Indicações nos 054 e
055/06 (Processos nos 5462 e 5463/06, respectivamente). Do
EXPEDIENTE, constaram: Ofícios nos 078/06, da Senhora Matilde
Ribeiro, Secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da
Presidência da República; 10990922, 11019698, 11019699, 11019700, 11019701,
11019702 e 11019703/06, do Fundo Nacional da Saúde do Ministério da Saúde. Ainda,
foi apregoado o Memorando nº 230/06, firmado pelo Vereador Dr. Goulart,
Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, por meio do qual Sua Excelência
informa que o Vereador Carlos Comassetto se encontra representando externamente
este Legislativo na Sessão de Abertura do Conselho Municipal de Desenvolvimento
Urbano Ambiental – CMDUA –, hoje, no Auditório da Secretaria Municipal de
Administração. Após, por solicitação do Vereador Dr. Goulart, foi realizado um minuto de silêncio em homenagem póstuma ao
Senhor Geraldo Stédile, ex-Presidente do Conselho de Cidadãos Honorários de
Porto Alegre, falecido hoje. Em
prosseguimento, o Senhor Presidente concedeu a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao
Senhor Alexandre dos Santos Cidade, Presidente da Associação dos Distribuidores
de Água Mineral do Rio Grande do Sul – ADAM/RS –, que discorreu acerca da Lei
Municipal nº 9.944/06, que dispõe sobre a comercialização e transporte de água
mineral natural e água natural em Porto Alegre. Nesse sentido, solicitou mais
controle e fiscalização por parte das Secretarias Municipais de Saúde e de
Produção, Indústria e Comércio, para que seja assegurado ao consumidor o acesso
a um produto de qualidade, cujo consumo não ofereça riscos à saúde. Na ocasião,
nos termos do artigo 206 do Regimento, os Vereadores Raul Carrion, Márcio Bins
Ely, João Antonio Dib e Cassiá Carpes manifestaram-se acerca do assunto tratado
durante a Tribuna Popular. Na oportunidade, o Senhor Presidente registrou a
presença, neste Plenário, de alunos e da Professora Josânia da Silva, do
Colégio Santa Inês, que comparecem à Câmara Municipal de Porto Alegre para
participar do Projeto de Educação Política, desenvolvido pelo Memorial desta
Casa. Em GRANDE EXPEDIENTE, o Vereador Haroldo de Souza mencionou os
falecimentos, nesta semana, dos Senhores Isaac Ainhorn e Geraldo Stédile.
Também, examinou a forma como é definida a apreciação de matérias nesta Casa;
questionou a eficácia do Programa Federal Bolsa-Família; propugnou por mais
fiscalização na distribuição de água mineral e à prática de jogos ilegais em
Porto Alegre e, finalizando, abordou a possibilidade de que o Senhor Jorge
Gerdau Johanpetter venha a integrar o Governo Federal no próximo ano. O
Vereador Ibsen Pinheiro afirmou que as propostas recebidas pelo PMDB para
participar do Governo Federal a partir de dois mil e sete serão devidamente
analisadas, salientando que atuações conjuntas se embasarão na fixação prévia
das linhas de gestão a serem seguidas pelo Presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. Quanto ao tema, enfatizou a necessidade de políticas sociais e de
crescimento econômico, com geração de emprego e renda e conseqüente melhoria na
qualidade de vida da população. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Elói Guimarães
expôs problemas econômicos e estruturais a serem enfrentados pela Governadora
eleita Yeda Crusius, defendendo a busca de diálogo com o Governo Federal, para
que seja renegociada a dívida pública e viabilizados recursos para
investimentos. Além disso, asseverou que a Lei Complementar Federal nº 087/96,
conhecida como Lei Kandir, representa um tratamento não-isonômico do Estado
comparativamente com as outras regiões da Federação. O Vereador Raul Carrion
saudou a aprovação, ontem, pela Câmara dos Deputados, da Lei Geral das Micro e
Pequenas Empresas, que prevê tratamento jurídico diferenciado,
simplificado e favorecido e redução de tributos para empreendimentos dessa natureza. Ainda,
informou que o PCdoB é favorável à coalizão do Governo Federal com o PMDB,
destacando que essa integração favoreceria a construção e aprovação da reforma
política e tributária que, segundo Sua Excelência, é necessária ao País. A
Vereadora Mônica Leal avaliou a atuação empresarial do Senhor Jorge Gerdau
Johanpetter, declarando ser Sua Senhoria não apenas exemplo de capacidade na
gestão de negócios, mas igualmente modelo social, tendo marcado sua trajetória
pela responsabilidade como cidadão partícipe e voltado ao crescimento do
Brasil. Igualmente, asseverou que a indicação desse empresário para integrar o
Governo Federal beneficiaria o processo de desenvolvimento do País. Em COMUNICAÇÃO
DE LÍDER, a Vereadora Maristela Maffei esclareceu os motivos pelos quais não
apóia a indicação do Senhor Jorge Gerdau Johanpetter para compor o Governo
Federal, frisando que sua manifestação se embasa em diferenças de cunho ideológico,
e não pessoal. Também, contestou posicionamentos assumidos pelo Senhor Paulo
Feijó, candidato eleito ao cargo de Vice-Governador do Estado, quanto à
importância da preservação das empresas públicas para o desenvolvimento do Estado.
Após, por solicitação do Vereador Mario Fraga, foi realizado um minuto de silêncio
em homenagem póstuma ao Desportista Rui Larossa, falecido no dia de hoje. Em
COMUNICAÇÕES, a Vereadora Clênia Maranhão contraditou afirmações hoje efetuadas
em Comunicação de Líder pela Vereadora Maristela Maffei, acerca de uma possível
indicação do Senhor Jorge Gerdau Johanpetter para compor o Governo Federal.
Ainda, elogiou iniciativas do Governo Municipal, destacando a instalação de um
escritório do Departamento Municipal de Habitação no Bairro Restinga, o lançamento
da Agenda Ambiental de Porto Alegre e programas de inclusão digital e
capacitação de mão-de-obra na Cidade. O Vereador Ervino Besson criticou a
gestão do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerando que a atuação
desse político tem acarretado crise nos setores industrial e agropecuário. Da
mesma forma, questionou a veracidade dos resultados em termos de políticas de
geração de emprego divulgados pelo Governo Federal, ressaltando que a população
brasileira procura oportunidades de trabalho e renda e não a mera ampliação de
programas públicos de assistência social. A Vereadora Maristela Meneghetti
apoiou o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 011/06, que cria o Sistema
Municipal de Proteção e Defesa dos Direitos do Consumidor. Também, declarou que
esse órgão supre uma demanda dos porto-alegrenses e que, após aprovado o
Projeto, cabe a esta Casa fiscalizar para que sejam efetivamente garantidos à
população a liberdade de escolha, a qualidade dos produtos e o bom atendimento
por parte das empresas. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª
Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo nos 218 e 224/06; em 2ª
Sessão, o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
023/06, discutido pela Vereadora Maristela Maffei e pelos Vereadores Professor
Garcia e João Carlos Nedel, o Projeto de Lei do Legislativo nº 201/06,
discutido pela Vereadora Maristela Maffei, o Projeto de Resolução nº 091/06,
discutido pelos Vereadores João Antonio Dib e Professor Garcia; em 3ª Sessão, o
Projeto de Lei do Legislativo nº 212/06. Ainda, a Vereadora Neuza Canabarro
manifestou-se durante o período de Pauta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
Adeli Sell rechaçou declarações do Senhor Paulo Feijó, eleito Vice-Governador
do Estado, durante palestra proferida ontem, mostrando-se contrário às idéias
promovidas por Sua Senhoria, especialmente no tocante à eficiência das empresas
estatais gaúchas. Ainda, criticou o Poder Judiciário rio-grandense e opinou que
o próximo Governo Estadual deve se empenhar em resguardar o patrimônio público.
O Vereador Cassiá Carpes comentou as reportagens “Hospitais em Coma” e “Vinte
mil crianças não têm creches na Capital”, publicadas na edição de hoje do
jornal Zero Hora, as quais analisam as causas de problemas enfrentados na área
de saúde pública e educação infantil. Além disso, sugeriu mudanças com o
objetivo de corrigir deficiências no Programa de Orçamento Participativo e
teceu considerações acerca da conjuntura político-partidária atualmente
observada no Brasil. O Vereador João Antonio Dib, respondendo ao pronunciamento
do Vereador Adeli Sell, em Comunicação de Líder, referente às declarações do
Senhor Paulo Feijó, sustentou que esse político é competente na sua área e
frisou que a democracia pressupõe o convívio entre diferentes idéias. Também,
elogiou a abertura de cursos profissionalizantes pela Prefeitura Municipal,
ressaltando que, na opinião de Sua Excelência, a criação de escolas técnicas
deveria ser priorizada em relação à de universidades. O Vereador Raul Carrion
saudou o ingresso do PMDB e do PDT na base de apoio do Governo Federal, aprovando
a união de diferentes correntes ideológicas em prol do desenvolvimento do País.
Ainda, destacou o aumento no consumo dos produtos da cesta básica pelas camadas
mais pobres da população, informou a conclusão do inquérito sobre o assassinato
do ex-Prefeito de Santo André, Celso Daniel, cuja motivação foi considerada política,
e referiu-se a acusações de envolvimento de José Serra em casos de corrupção. O
Vereador Luiz Braz formulou críticas ao Governo Federal e a integrantes do Partido
dos Trabalhadores, protestando contra a concessão de pensão a anistiados
políticos, cobrando a recuperação de recursos públicos desviados e contestando
declarações dos Vereadores Carlos Todeschini e Adeli Sell em relação ao próximo
Governo Estadual. Nesse sentido, propugnou por políticas que busquem
efetivamente o desenvolvimento do Brasil, e não somente de determinados segmentos
da sociedade. O Vereador Haroldo de Souza descartou declarações do Senhor Paulo
Feijó em relação ao Senhor Germano Rigotto, Governador do Estado, contrapondo-se
às propostas defendidas por Sua Senhoria quanto ao gerenciamento de empresas
estatais. Além disso, saudou a eleição da Deputada Federal Yeda Crusius para o
cargo de Governadora, considerando importante a liderança de uma mulher para a
superação das dificuldades do Rio Grande do Sul. A Vereadora Neuza Canabarro
mostrou-se insatisfeita com o atual cenário político do Brasil, salientando
que, na opinião de Sua Excelência, as convicções ideológicas dos Partidos não
deveriam ser abandonadas. Nesse sentido, recordou passagem histórica em que
Júlio Prestes, após ser preso, uniu-se ao Presidente da República, Getúlio
Vargas, na busca dos ideais em que acreditava. Finalizando, desejou sucesso à
Senhora Yeda Crusius, eleita Governadora do Estado, e ao Senhor Luiz Inácio
Lula da Silva, reeleito para governar o Brasil. A seguir, nos termos do artigo
94, § 1º, alínea “g”, do Regimento, o Senhor Presidente concedeu TEMPO ESPECIAL
ao Vereador Carlos Comassetto, que relatou sua participação, em Representação
Externa deste Legislativo, no painel “A participação comunitária e da Câmara de
Vereadores, sua correlação com o Orçamento Municipal”, realizado nos dias
dezesseis e dezessete de novembro do corrente, na Câmara Municipal de Alegrete
– RS. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, a Vereadora Clênia Maranhão enalteceu ações do
Ministério Público Federal em relação a crimes cometidos com o auxílio da
internet, afirmando que diversos setores da sociedade ainda não estão
devidamente preparados para lidar com essa tecnologia. Nesse contexto, chamou a
atenção para peculiaridades de atividades ilegais promovidas por esse canal de
comunicação, como o aliciamento de crianças e adolescentes, o incentivo ao
suicídio e a organização de assaltos. Em continuidade, constatada a existência
de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Na ocasião, a Vereadora Clênia Maranhão
formulou Requerimento verbal, solicitando a suspensão dos trabalhos da presente
Sessão. Também, em face de Questão de Ordem formulada pela Vereadora Sofia
Cavedon, o Senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca do tempo regimental
para verificação de quórum para ingresso na Ordem do Dia, tendo se manifestado
a respeito o Vereador Cassiá Carpes. Às dezessete horas e quinze minutos, os
trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às dezessete horas e
trinta minutos, constatada a existência de quórum. Após, o Senhor Presidente informou
que, por deliberação do Colégio de Líderes, foi alterada a ordem de apreciação
da matéria constante na Ordem do Dia, tendo se manifestado a respeito o
Vereador Haroldo de Souza. Em Discussão Geral, 3ª Sessão, esteve o Projeto de
Resolução nº 125/05, discutido pela Vereadora Sofia Cavedon. Em Discussão Geral
e Votação, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 001/03, o qual, após ser
discutido pelos Vereadores Adeli Sell, Carlos Todeschini, João Antonio Dib e Carlos
Comassetto e pelas Vereadoras Clênia Maranhão e Sofia Cavedon, teve sua
discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do
Vereador João Antonio Dib. Em continuidade, o Vereador Paulo Odone formulou
Requerimento verbal, deferido pelo Senhor Presidente, solicitando fosse anexada
ao Projeto de Lei do Executivo nº 001/03 (Processo nº 0050/03) a resposta do
Senhor Prefeito Municipal a Pedido de Diligência de autoria do Vereador Carlos
Comassetto sobre o assunto. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 022/06, por vinte e cinco votos
SIM, após ser discutido pela Vereadora Mônica Leal e pelos Vereadores Adeli
Sell, Carlos Comassetto e Carlos Todeschini e encaminhado à votação pela Vereadora
Sofia Cavedon e pelo Vereador João Antonio Dib, em votação nominal solicitada
pelo Vereador Luiz Braz, tendo votado os Vereadores Adeli Sell, Alceu Brasinha,
Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, Cassiá Carpes,
Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz
Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes, Maria Celeste, Mario
Fraga, Maristela Meneghetti, Mônica Leal, Professor Garcia e Sofia Cavedon. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 220/05, o
qual, após ser discutido pelos Vereadores Márcio Bins Ely, João Antonio Dib,
Adeli Sell e Professor Garcia, teve sua discussão adiada por uma Sessão, a
Requerimento, aprovado, de autoria do Vereador Márcio Bins Ely. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº
021/06. Em prosseguimento, o Vereador João Antonio Dib manifestou-se acerca da
ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. A seguir, foi aprovada
a prorrogação dos trabalhos da presente Sessão, nos termos regimentais. Também,
foi aprovado Requerimento de autoria da Vereadora Maria Celeste, solicitando a
retirada de tramitação do Projeto de Lei do Legislativo nº 036/04 (Processo nº
0855/04). Em Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo
nº 167/06 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação, foram
aprovados os Projetos de Lei do Legislativo nos 102 e 137/06. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei
do Legislativo nº 029/06, considerando-se prejudicados o Projeto original e a
Emenda nº 01 a ele aposta. Em continuidade, foi aprovado Requerimento de
autoria da Vereadora Clênia Maranhão, solicitando o adiamento, por uma Sessão,
da discussão do Projeto de Lei do Legislativo nº 063/06. Após, a Vereadora
Sofia Cavedon registrou sua intenção de se abster da votação do Projeto de Lei
do Legislativo nº 137/06. Na ocasião, a Vereadora Clênia Maranhão manifestou-se
acerca do número de Projetos votados durante a corrente semana neste Legislativo.
Ainda, o Vereador Haroldo de Souza manifestou-se acerca da realização de
reuniões entre a Mesa Diretora e o Colégio de Líderes, às segundas feiras, para
definir a ordem da matéria a ser apreciada durante a Ordem do Dia da semana
correspondente, tendo o Senhor Presidente prestado esclarecimentos acerca do
assunto. Às dezenove horas e sete minutos, o Senhor Presidente declarou
encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária da próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos Vereadores Dr. Goulart, Luiz Braz, Haroldo de Souza e Ibsen Pinheiro,
este nos termos do artigo 27, parágrafo único, do Regimento, e secretariados
pelo Vereador Haroldo de Souza. Do que eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei
fosse lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada
por mim e pelo Senhor Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Participo ao nosso Plenário e a quem nos ouve o
falecimento do nosso ex-Presidente do Clube de Cidadãos Honorários desta Casa,
que também foi Vereador desta Câmara pelo Partido Social Progressista, Geraldo
Stédile, ocorrido nesta madrugada. Solicito uma homenagem à sua memória, com a
realização de um minuto de silêncio.
(Faz-se um minuto de
silêncio.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Muito obrigado. Peço ao Ver. Luiz Braz que assuma
a presidência dos trabalhos, já que este Presidente deverá sair para levar as
condolências à família do falecido. Se algum Vereador desejar me acompanhar até
o local do velório, a Igreja Metodista João Wesley, no bairro Rio Branco, para
lá estarei indo agora. (Pausa.) O Ver. Luiz Braz pretende me acompanhar.
Portanto, o Ver. Haroldo de Souza assumirá a presidência dos trabalhos.
(O Ver. Haroldo de Souza assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Passamos à
O Sr. Alexandre dos
Santos Cidade, Presidente da Associação dos Distribuidores de Água Mineral do
Rio Grande do Sul, está com a palavra, para tratar de assunto relativo à Lei
n.º 9.944/06 que dispõe sobre a comercialização e o transporte de água mineral
natural e água natural no Município de Porto Alegre, pelo tempo regimental de
10 minutos.
O SR. ALEXANDRE DOS
SANTOS CIDADE: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, pessoas aqui presentes e que nos assistem pela
TVCâmara, mais uma vez volto a usar a Tribuna Popular para chamar a atenção de
todos sobre o grave problema do comércio descontrolado de água mineral em nossa
Cidade.
Meu nome é Alexandre
Cidade e sou Presidente da Associação dos Distribuidores de Água Mineral do Rio
Grande do Sul. Como agora se avizinha o verão, o consumo de água tende a
aumentar, já que muitas pessoas se queixam da água do nosso DMAE, do odor de
algas, etc, não vem ao caso discutir isso. O que acontece é que as pessoas vão
em busca de água mineral e a oferta é dada em todas as esquinas da Cidade, mas sem
controle algum.
Existe a Lei n.º
9.944/06, que dispõe sobre a comercialização, o armazenamento e o transporte de
água mineral, de autoria de Ver. Adeli Sell, aprovada por todos os Vereadores
desta Casa e sancionada em 26 de janeiro pelo Sr. Prefeito José Fogaça. Já
tivemos várias audiências e reuniões, tanto com a Secretaria da Saúde, com a
sua Vigilância de Alimentos, como com a Secretaria de Produção, Indústria e
Comércio, SMIC, e sua fiscalização. Temos sido até atendidos, mas o que
acontece, sempre, é que nos dizem que faltam condições de fiscalizar: uma hora
faltam carros, depois, não há fiscal disponível, pedem para arrumar carros, a
gente arruma, e aí dá algum problema e falta fiscal, e a água continua sendo
vendida em qualquer local, já conhecida, em alguns casos, como “água de
torneira”. Vende-se água em postos de combustíveis, distribuidora de gás de
cozinha, junto com produtos químicos; vende-se água em pets shops,
oficinas mecânicas, veterinárias, em todos os lugares possíveis e imagináveis,
e em confronto com a Lei.
A pergunta que
fazemos, da Associação dos Distribuidores de Água Mineral do Rio Grande do Sul,
é: até quando o Poder Público vai deixar o nosso consumidor ser enganado,
colocando em risco sua saúde, comprando um produto de procedência duvidosa?
Temos vários e vários exemplos de bombonas vendidas com cheiro de gás de
cozinha, produto químico, gasolina, com a presença de coliformes fecais, com
visíveis adulterações, ou seja, com certeza de que é água da torneira.
Nós estamos aqui para
apelar para a sensibilidade dos Srs. Vereadores e das Sras. Vereadoras, no
sentido de que nos ajudem a convencer a SMIC e a Secretaria Municipal de Saúde,
para que realizem um grande mutirão de fiscalização com o objetivo de evitar a
continuidade da venda ilegal de água mineral. Creio que, se os senhores e as
senhoras aprovarem a lei que cria o Procon municipal, teremos condições de
exigir que se diferencie a água natural, purificada, adicionada de sais, da
água mineral, mais conhecida de todos nós. Não que uma seja necessariamente
melhor do que a outra, mas são águas diferentes, e deveria haver uma distinção
mais clara na rotulagem, bem como o consumidor deveria ser alertado de suas
diferenças.
Hoje, se os senhores
e as senhoras percorrerem as ruas, os bairros da Cidade, vão encontrar água
mineral sendo vendida por preços incompatíveis ao mercado. Não se pode vender
uma água mineral a R$ 1,99, ou R$ 2,50 – algum problema há com esse produto.
Não vamos nos calar
diante dessas barbaridades. Estamos aqui, mais uma vez, para pedir o apoio de
V. Exas., precisamos de ajuda. Os senhores e as senhoras, que devem zelar pelas
nossas leis, são responsáveis como nós, os comerciantes, para que o nosso
consumidor não seja enganado.
Agradeço a todos e a
todas pelo apoio que sempre tivemos aqui na Câmara Municipal.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Agradecemos as
palavras do Sr. Alexandre dos Santos Cidade, da Associação dos Distribuidores
de Água Mineral do Rio Grande do Sul, e o convidamos a fazer parte da Mesa.
O Ver. Raul Carrion está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. RAUL CARRION: Em primeiro lugar, em meu nome e em nome da Verª Manuela d'Ávila, pelo
PCdoB, queria saudar o Sr. Alexandre dos Santos Cidade, que é o Presidente da
Associação dos Distribuidores de Água Mineral do Rio Grande do Sul. Gostaria de
dizer que a Lei referida e aprovada por esta Casa contou com o apoio e com o
voto da Bancada do PCdoB, pela sua importância e caráter de cuidado com a Saúde
pública com os quais este Projeto tinha como conteúdo. E queremos confirmar
que, realmente, andando pela Cidade nós temos visto o transporte da água em
condições totalmente inadequadas e em confronto com a legislação existente.
Claro que há alguma dificuldade de fiscalização, devemos concordar, porque
muitas vezes eles estão de bicicleta, de moto, e assim por diante, mas se
impõe, por um cuidado da Saúde pública, da população, que a SMIC encontre
mecanismos e meios para essa fiscalização, que também deve ser feita não só na
questão do transporte, mas na própria questão do acondicionamento, pois
certamente devemos ter situações de depósitos que comercializam o produto dessa
forma e certamente também não devem ter os cuidados devidos com a armazenagem.
Então, queremos dizer que nos parece importante a sua presença aqui e é
relevante o assunto que V. Sa. traz. Pode contar com o apoio, no que for
possível, da Bancada do Partido Comunista do Brasil.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. Raul Carrion.
O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra, nos termos do
art. 206 do Regimento.
O SR. MÁRCIO BINS
ELY: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Haroldo de
Souza, gostaria de saudar aqui o Sr. Alexandre dos Santos Cidade, Presidente da
Associação dos Distribuidores de Água Mineral do Rio Grande do Sul, ADAM/RS. Em
nome da minha Bancada, PDT, composta pelos Vereadores Nereu D'Avila, Neuza
Canabarro, Dr. Goulart, Ervino Besson, Mario Fraga e este Vereador que lhes
fala, gostaria de registrar também, no sentido de encaminhamento, que nós
entendemos de suma importância o debate a respeito do tema que V. Sa. traz a
esta Tribuna Popular, que é a Lei n.º 9.944/06, que dispõe sobre a
comercialização e o transporte de água mineral natural e água natural no
Município de Porto Alegre. Quero cumprimentar pelo trabalho que tu vens
desenvolvendo, Alexandre, e a diretoria da Associação, que realmente tem se
preocupado com essa questão de suma importância, porque envolve a Saúde
pública, já que, hoje, a água é um bem essencial para a vida. E quero dizer que
todas essas ponderações nós entendemos pertinentes, não só com relação ao
transporte, mas, principalmente, com relação ao estoque e ao armazenamento. Nós
entendemos também que não é possível que se armazene água mineral junto com
gasolina, com gás, enfim, e nós vamos caminhar também no sentido de uma
regulamentação, de uma fiscalização e de que realmente se possa ter, com
fundamentado na lei, um indicativo da maneira como se comercializar, como se transportar
esse produto tão importante que é a água mineral. Cumprimentos pelo trabalho!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. Márcio
Bins Ely.
O Ver. João Antonio
Dib está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, meu caro Alexandre dos Santos Cidade, Presidente da Associação dos
Distribuidores de Água Mineral do Rio Grande do Sul, eu quero dizer ao amigo
Cidade que, na minha casa, eu uso água mineral. Não usaria água mineral se a
água do prédio onde eu moro não passasse pelo reservatório; se ela viesse
diretamente da rede, eu tomaria água com tranqüilidade porque a água do DMAE é
muito boa.
Agora, lei deve ser
clara, precisa, concisa para ser respeitada, e deve haver punição para quem a
infringe. Nós aqui temos uma preocupação muito grande de fazer leis e, às
vezes, muito tumultuada, apenas para fazer leis; agora, todo o Vereador que faz
uma lei tem responsabilidade sobre ela, ele deveria acompanhar a execução dessa
lei, porque antes de o legislador ter a função de fazer leis, ele tem a função
de fiscalizar o cumprimento delas. E eu confesso que - não recordo bem os
termos em que foi aprovada a Lei, porque são tantas as leis neste Plenário -
não sei se entendo bem: a comercialização não pode ser definida numa lei
municipal. No supermercado, por exemplo, eu entro e compro; escolho entre 10,
12, 15 diferentes águas, e todas elas têm o aval da Secretaria da Saúde. Agora,
o transporte, sim, pode não ser feito nas melhores condições quando se faz em
moto, mas depende da vedação, depende da forma como está apresentada aquela
água que vai ser levada ao consumo dos porto-alegrenses. Portanto, eu acho que
V. Sa. pede muito certo quando diz que os Vereadores devem zelar pelas leis. Eu
acho que nós devemos, sim, fazer um contato com a SMIC. Nós devemos fazer um
contato com a Secretaria de Saúde, talvez, mas especialmente com a SMIC, para
saber como é que está sendo distribuída a água mineral na cidade de Porto
Alegre. É um problema sério, sim, se ela for maltransportada, se ela for
distribuída sem os cuidados necessários para preservar a saúde do
porto-alegrense que pensa estar tomando uma boa água - pois não toma água do
DMAE - e que vai estar com a sua saúde assegurada. E, de repente, ele arruma
uma infecção, um problema mais sério, porque a água não estava nas condições em
que deveria estar. Eu cumprimento V. Sa. pela preocupação e alerto os meus
Pares que, como V. Sa. disse, a nós cabe zelar pelo cumprimento da lei. Saúde e
PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Paz e saúde, Ver.
João Antonio Dib.
O Ver. Cássia Carpes
está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, Ver. Haroldo; quero saudar o Sr. Alexandre dos Santos
Cidade. Eu estava, aqui, vendo as questões que são colocadas e a Saúde é um
caso sério, Sr. Alexandre, V. Sª tem absoluta razão, mas, como disse o Ver.
João Dib, nem todas as leis deste País resolvem os problemas. Nós temos leis
demais, mas falta, muitas vezes, atitude. Eu vou colocar duas questões para
encaminhamento: que o amigo procure aqui a Comissão de Saúde - o Presidente,
Ver. João Carlos Nedel - e possa encaminhar, através desta Casa, levantando,
futuramente, todos esses dados e o mapeamento da Cidade por sua Associação, e
uma parceria com a Secretaria de Saúde, porque, temos de ser sinceros, a
Secretaria de Saúde não tem como fiscalizar tudo o que existe aí na Cidade. A
SMIC também não tem, está brigando no Centro a toda a hora e a todo o momento,
mas eu dou essa sugestão. Eu acho que é uma boa parceria vocês ajudando a
Secretaria da Saúde e a SMIC, como já existe em outras atividades, em outras
associações, em outros sindicatos, não tenho dúvida, por experiência própria.
Eu entendo que todas as comunidades que se mobilizam com o Executivo, seja ele
Estadual, Municipal ou Federal, são as que mais conseguem resultados positivos
na cobrança, na fiscalização, no dia-a-dia, na aglutinação. Então, a idéia que
dou é que a nossa Comissão Permanente de Saúde, aqui, com o Ver. João Carlos
Nedel, possa intermediar uma audiência com a Secretaria da Saúde ou com a SMIC,
ou com as duas, para que possa fazer uma parceria de maior fiscalização. Essa é
a minha idéia. Obrigado pela presença. É justa a sua reivindicação e a sua
preocupação, porque com saúde não se brinca.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Obrigado, Ver. Cassiá
Carpes, do Partido Trabalhista Brasileiro.
Estamos encerrando a
Tribuna Popular de hoje, que foi ocupada pela Associação dos Distribuidores de
Água Mineral do Rio Grande do Sul, através do seu Presidente, Sr. Alexandre dos
Santos Cidade, a quem agradecemos pela presença.
Antes de entrarmos no
período de Grande Expediente, gostaria de registrar a visita orientada do
Colégio Santa Inês, com 19 alunos. Olhem lá que figurinhas queridas, Ver. Ibsen
Pinheiro, um rostinho mais lindo que o outro, e uns bandidinhos também, no bom
sentido, claro. Um beijo para a Profª Josânia da Silva, a quem cumprimentamos.
Essa atividade faz parte do Projeto de Educação Política que o Memorial da
nossa Casa desenvolve junto às escolas e entidades de Porto Alegre e da Região
Metropolitana. (Palmas.)
Passamos ao
Convido o Ver. Ibsen
Pinheiro a assumir a presidência dos trabalhos para que eu possa fazer uso da
palavra no Grande Expediente.
(O Ver. Ibsen
Pinheiro assume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE
(Ibsen Pinheiro): O Ver. Haroldo de Souza está com
a palavra em Grande Expediente.
O SR. HAROLDO DE
SOUZA: Sr. Presidente, Vereadores, Vereadoras, alunos que
aqui se encontram, pessoas que nos acompanham em casa, o nosso sentimento pelo
falecimento de Geraldo Stédile, e, dias atrás, o de Isaac Ainhorn. Isso é uma
seqüência da vida, lamenta-se, mas fazer o quê?
Eu tenho alguns
assuntos para abordar, para conversar com vocês, não é discursar para vocês,
porque de discurso acho que todo o mundo anda cheio, então quero focalizar
alguns assuntos. Um deles, por exemplo, eu só queria entender, porque a gente -
lamento que a Verª Clênia Maranhão, Líder do Governo, não esteja aqui -, nas
segundas-feiras pela manhã, acerta a ordem dos trabalhos do Plenário para a
tarde. A gente se reúne, às 11h da manhã, e resolve o que nós vamos votar no
período da tarde. Quando chega a tarde, sempre acontece a reunião, novamente,
para discutir o que foi discutido e decidir a respeito do que votar novamente -
repetitivo, cansativo, estressante. Até tem havido, por isso, alguns arranca-rabos;
podem ter certeza, o estresse é coisa muito séria, não é, Dr. Goulart, Dr.
Sebenelo? Com a câmera da TV focada, como deve ser focada, à tarde, o Plenário
fica exposto, em determinado momento, em uma reunião que acontece na frente do
Presidente da Casa, reunião que já aconteceu de manhã, no Salão Nobre da Casa.
E isso dá condições para aquele que está do outro lado, nos vendo aqui, de
fazer a conclusão: “Pô, meu, eu pago para esses caras trabalharem, mas eles não
precisam exagerar, não é? Duas reuniões por dia para resolver o mesmo assunto!
Já é um avanço nos trabalhos parlamentares, estou satisfeito com os meus
Vereadores”. Pode, sim, o cidadão do lado de lá pensar isso. Eu sei que é
“xarope” trazer esses assuntos aqui, mas, quem sabe, assim, a gente trabalhe
menos fazendo só uma reunião por dia: aquela da manhã ou aquela da tarde para
ser votado aquilo que foi combinado, e não duas reuniões para votarmos a mesma
coisa.
Sobre o
Bolsa-Família, eu não me manifestei a respeito porque eu o vejo como um
Programa eleitoreiro; eleitoreiro, sim! Mas o que fazer se ele não vem
acompanhado de ação, na busca de emprego, de trabalho para esses beneficiados
bolsistas? Pois ele garante, no primeiro estágio da sua existência, a vitória
nas eleições daqueles que praticam esse tipo de política
assitencialista-eleitoreira. O mínimo, agora, que a gente pode esperar é que o
Governo do Sr. Lula – com 58 milhões de votos - comece a arranjar ocupação para
os bolsistas, porque outros bolsistas da fome estão na fila. Mas aí eu pergunto
ao Partido dos Trabalhadores: e o Brasil do emprego? O Brasil do emprego foi
falado por mais de 25 anos; o discurso do Partido dos Trabalhadores sempre foi
de trabalho para todo mundo. De qualquer maneira, com a guerrilha suave do MST
- suave, sim -, mas é uma guerrilha, com a pressão, os sem-terras sempre
existiram e precisam deixar de existir. Mas os sem-terras organizados,
guerrilheiramente falando, não são problema dos demais Partidos. Todo mundo
sabe que “quem criou esse Mateus”, o MST, como também as carroças na rua, foi o
Partido dos Trabalhadores. Mas o que a gente pode fazer? Se a gente ficar
batendo só no passado... Não, vamos buscar o futuro. Por exemplo: o jogo na
Cidade está uma confusão. Hoje, eles fecham um bingo e amanhã abrem outro. A
Justiça permite, abre-se um bingo, fecha-se outro; fecha um, abre outro. Agora,
as máquinas caça-níqueis, Presidente Ibsen Pinheiro, estão-se proliferando por
toda a periferia de Porto Alegre, onde ninguém tem dinheiro para comprar um
pão, mas arrumam um dinheirinho, uma moedinha para colocar na bendita
maquininha. E onde está a SMIC? Não dá bola! Fiscalizar as grandes casas de
jogos que movimentam a economia em Porto Alegre é uma coisa para aparecer,
entrar na mídia. Agora, eu quero ver a fiscalização ali nos grotões, onde está,
realmente, o pobre, o desempregado que não tem dinheiro e que vai com uma
moedinha tentar alguma coisa nessas malditas maquininhas espalhadas por toda a
Cidade. Alguém tem que fiscalizar, e certamente não sou eu. Eu tenho é de
denunciar! Ou não?!
E sobre esse negócio
da Tribuna Popular de hoje, sobre a água, é um negócio sério, e a SMIC precisa
ir em cima, sem convocação de ninguém. Não vai agora o Secretário Cecchim
esperar receber um ofício, aqui da Casa, para tomar providências a respeito
daquilo que aconteceu há instantes atrás, sobre a denúncia da qualidade da água
ou do tipo de água que se vende em Porto Alegre. O Cecchim não vai querer o
ofício; ele só pode ser comunicado por telefone, e já vamos trabalhar. E a
Secretaria da Saúde, também. Eu entendo assim.
Aqui na Câmara, onde
também trabalho, e muito procuro trabalhar, às vezes acontecem coisas terríveis
por falta de educação e de postura. E eu sou um destes que provocam este tipo
de comportamento, de antipostura que deve ter um Parlamentar. Eu, por estar há
apenas seis anos, talvez, na escola da política; talvez os mais novos pelo
mesmo motivo; os mais antigos, como o meu amigo João Antonio Dib, às vezes pela
saturação auditiva de tanta bobagem que se diz na Casa do Povo de Porto Alegre
é que a gente acaba reagindo de forma diferente, e cada um reage da maneira que
pode.
Ontem mesmo aconteceu
aqui um qüiproquó entre dois Vereadores. Que coisa mais feia! E eu estava do
lado do Ibsen e disse: “Ibsen, a partir de hoje, se Deus quiser, nunca mais eu
vou me envolver nesse tipo de coisa, porque é uma vergonha a briga no
Parlamento!”. Ameaça de um querer dar um soco no outro, sabendo que não vai
acontecer, porque os nossos seguranças são prestativos... Ah, então vamos parar
com esse negócio de roncar grosso e dizer que um é mais homem do que o outro.
Se alguém tiver que provar isso que seja em outro lugar, e vamos parar com
essas palhaçadas por aqui, numa boa, embora a explosão rápida, o dizer, o
desabafar, e o retorno à respiração normal, façam um bem para o meu coração que
vocês não imaginam! Mas eu estou errado, estou com vergonha e não vou fazer
mais.
Quando houve a cena
do Sr. Jorge Gerdau Johannpeter, que poderia ser um dos Ministros do Sr. Lula,
eu vibrei! Vibrei como se fosse um gol da Seleção brasileira, um gol do time
Brasil. Entendi que ali estava o primeiro grande ato do Presidente da
República. Não sabendo ele de nada do que aconteceu no passado no seu primeiro
mandato, não conhecendo e não sendo amigo da turma da pesada e dos
quadrilheiros, estaria ele dando a volta por cima, e o seu primeiro reforço
para o seu time no segundo mandato, seria Jorge Gerdau Johannpeter. Com Jorge
Gerdau Johannpeter a tiracolo, Lula começaria a montagem do seu novo time para
jogar pelo povo brasileiro, e começava este time a ter pinta de campeão. Ser
campeão da boa saúde, da educação, da cultura, do transporte, de tudo o que nós
corremos atrás e sonhamos para o povo brasileiro.
No campeonato da
vida, quem chega ao poder deve se cercar de outros líderes, de todos os
segmentos da sociedade, e para os cargos decisivos para os destinos de uma
Nação devem ser escolhidos aqueles que são exemplos de conduta e por seu
sucesso na área em que atuam. E melhor se forem escalados pelo treinador, aliás,
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o homem de 58 milhões de votos.
Sonhar é um direito
de todos. Todos devem sonhar nesta vida. E o Lula desfez mais um sonho meu ao
não convencer Gerdau a jogar no seu time. Será que o companheiro Lula poderia
insistir com o Gerdau, já convocando também o Sr. Antônio Ermírio de Moraes e
“companhia limitada”? Para quem quer ganhar o jogo neste campeonato político de
quem mudará o Brasil, o treinador, perdão de novo, o Presidente Lula precisa
saber convocar os melhores, escalar o time e botar pra jogar. É simples. E,
apesar da teimosia do nosso treinador, aliás, do nosso Presidente, eu ainda
boto fé neste time chamado Brasil. Time Brasil. Como fica, Ver. Ibsen Pinheiro,
que na seqüência ocupará esta tribuna? Muito obrigado, gente!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Ibsen Pinheiro): Para reassumir a presidência dos
trabalhos chamo o 1º Secretário, Ver. Haroldo de Souza.
(O Ver. Haroldo de
Souza reassume a presidência dos trabalhos.)
No Governo
Itamar Franco foi, talvez, a melhor das reedições dessa espécie de tarefa
imposta pelo Brasil ao nosso Partido. Ali havia um sentimento de que era
preciso carregar o andor naquela procissão, e o santo, de fato, era de barro;
se o andor caísse, a democracia correria riscos. E não foi apenas o PMDB, acho
que os Partidos, de um modo geral, tiveram a noção daquela necessidade de
travessia. Pois, agora, os jornais de hoje registram com fotos a presença do
Presidente Nacional do PMDB e alguns companheiros no gabinete do Presidente da
República e a pauta envolvendo uma proposta de coalizão. A prática vai
demonstrar, meus colegas, se estamos, de fato, diante de uma proposta de
coalizão ou de uma busca de adesão.
O Ministro José
Dirceu, cujo talento político ninguém contesta, propôs, no começo do Governo
Lula, exatamente isto que agora se anuncia como real, uma coalizão com o PMDB.
O PMDB não chegou a examinar a oportunidade, porque o Presidente da República
vetou o caminho proposto. A conseqüência, todos sabem, em vez da coalizão, a
cooptação individual ou grupal. Uma adesão não é algo caro, não, Ver.
Todeschini - eu vou dar o aparte a V. Exª, com muito prazer. Uma adesão não
custa caro, não; ela até custa barato em termos materiais, alguns poucos espaços
políticos e algumas licenças que acabam conduzindo às deformações de conduta.
Na medida em que as adesões são individuais ou grupais, o preço cobrado é
barato. Talvez caro, pela qualidade da mercadoria entregue. Já uma coalizão tem
um preço altíssimo para quem a propõe e está no Governo, só que a moeda é
completamente diferente. A moeda de uma coalizão é a moeda política de uma
aliança. O PMDB participou claramente de uma coalizão no segundo Governo
Fernando Henrique. No primeiro, houve uma proposta de coalizão com algumas
tintas de adesão. No segundo, já estávamos, desde a eleição, participando da
candidatura Fernando Henrique e tivemos uma coalizão que eu suponho que deixou
frutos positivos para o País. Talvez não para o PMDB, porque o proveito dos acertos
do Governo Fernando Henrique ficou basicamente com o PSDB e parte com o PFL.
Justiça se faça: os desacertos foram divididos por todos, inclusive com o PMDB.
Diante da situação
que se cria agora - vou escutar V. Exª, Ver. Todeschini -, nós teremos uma
prova de boa-fé nos dias que se seguirão. O meu Partido não se sentirá aderente
se, ao convite, corresponder uma fixação de rumos, nos quais o PMDB tenha
parte. Logo depois que V. Exª se manifestar, eu vou definir o que, na minha
avaliação, é um preço político a ser cobrado pelo PMDB. Escuto V. Exª, Ver.
Todeschini.
O Sr. Carlos
Todeschini: Ver. Ibsen, agradeço pela oportunidade do aparte,
e quero afirmar também essa convicção de que estamos conformando uma maioria
nacional, liderada pelo Partido dos Trabalhadores. Mas uma coalizão de Governo,
onde nós temos em vista, a partir da eleição largamente majoritária do
Presidente Lula, com quase 61% dos votos, uma correspondente ação também no
Congresso Nacional, e que tenham como objetivo poder realizar uma reforma
majoritária no País, com vista a grandes transformações sociais, isso são os
encargos de todos que estão na coalizão, e que devem compartilhar também os
resultados, sobretudo subordinados ao interesse do povo brasileiro, acima de
tudo. Muito obrigado pelo aparte.
O SR. IBSEN PINHEIRO: Eu agradeço pela manifestação de V. Exª, quero ter o mesmo otimismo de
V. Exª. Mas, permita-me, V. Exª, permitam-me os colegas que eu aponte um
exemplo da dificuldade que vem pela frente. O Presidente Lula compromete-se com
o crescimento econômico para ser um instrumento de justiça social, através do
emprego, e de uma melhor divisão da renda. Não vacilo em dizer que o Partido
dos Trabalhadores terá que se autocriticar profundamente para algumas condutas.
Por exemplo: não se fará o crescimento econômico, Ver. Todeschini, sem redução
dramática dos gastos públicos. A folha de pagamentos da União cresce 6% ao ano,
vegetativamente; e o Produto Interno Bruto cresce 2,5%. Como fazer
investimentos públicos? Outro exemplo: a Previdência Social arca com o ônus de
40 bilhões de dólares. Como fazer crescimento econômico? Como aumentar o
salário mínimo significativamente? Como integrar o Bolsa-Família ao salário
mínimo se a repercussão na Previdência Social precisará ser compensada com a
redução dos gastos públicos? Dou outro exemplo: o endividamento público está na
ordem de 52% do PIB. Como enfrentar isso sem a redução do custeio, do peso da
máquina pública, a não ser com os juros elevados, que atraem o dólar
especulativo, deprimem o valor artificialmente da moeda americana e
supervalorizam a moeda brasileira, prejudicando setores importantes como o
nosso setor calçadista? Como enfrentar sem a redução dos juros básicos do nosso
País, que são da ordem de 14%, em termos reais? Se isso não for feito – o
enfrentamento dos gastos públicos para a redução da taxa de juros, para que se
possa combater o endividamento –, não há como acreditar em crescimento.
A grande virtude que
o Governo Lula herdou - talvez não tenha sido devidamente avaliada - foi a
estabilidade econômico-financeira e o controle da inflação. Mas isso já não
basta. Então, é preciso avançar. Para esse avanço, eu acho que podemos ser
parceiros no sacrifício, mas se esse avanço não for feito, palavras não
sustentarão um projeto de crescimento com efetiva superação da instabilidade em
nosso País. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Com o pronunciamento
do Ver. Ibsen Pinheiro, encerramos o Grande Expediente.
Passamos às
O SR. PRESIDENTE (Haroldo De Souza): O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra em Comunicações.
O SR. ELÓI GUIMARÃES:
Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Srs.
Vereadores e Sras Vereadoras, uma questão fundamental e importante é
a crise financeira, a crise estrutural do Estado do Rio Grande do Sul nesses
momentos em que a futura Governadora do Estado, Yeda Crusius, está montando
suas equipes de trabalho e se inicia o processo de transição. Há um debate
intenso, evidentemente adstrito ao fórum próprio, a Assembléia Legislativa, no
que respeita ao Orçamento. Oxalá, tenhamos o entendimento para que os
percentuais na área do Judiciário e do Ministério Público se ajustem às
dificuldades da futura Governadora!
Temos debatido o
tema, Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, da questão
financeira do Estado. Temos problemas sérios, seriíssimos, e que, na nossa
ótica, passam, inquestionavelmente, em especial tratando-se do Rio Grande do
Sul, por uma nova repactuação entre o Estado do Rio Grande do Sul e a União. Se
a União, o Governo Federal, não estiverem no processo de resolução, a curto
prazo, da questão das finanças do Estado do Rio Grande do Sul, vamos enfrentar
situações, eu diria, de rupturas, de dificuldades instransponíveis; basta pegar
os números. A planta tributária do Estado, a partir de 1º de janeiro, sofre uma
redução que decorreu da medida adotada pelo atual Governador. Segundo sua área
técnica, não havia outra saída senão, exatamente, mexer-se na alíquota do ICMS.
Isso gerou um profundo descontentamento. Pois bem, esses recursos fantásticos
deixam de ingressar no Tesouro do Estado a partir de 1º de janeiro.
Por outro lado, a
questão da Lei Kandir é uma Lei que penaliza Estados exportadores, e, mormente,
Estados exportadores como o nosso, o Rio Grande do Sul. Não se faz a devida
compensação que desonera o tributo aqui no Rio Grande do Sul para o bem do
Brasil. É uma política correta? Sim! Mas os Estados penalizados têm que ser
compensados, sob pena de sofrerem discriminação pelo tratamento não-isonômico com
as demais áreas da Federação.
E ainda com relação à
questão ligada à dívida do Estado, o Governo Federal vai ter que entender, vai
ter que compreender que alguma coisa tem que ser feita, pois de cada 100 reais
que o Estado arrecada, 18 reais vão para o Governo Federal. É correto, é
legítimo, isso não se discute. O que se discute é exatamente a situação atual
do Estado com suas demandas, todas elas em situação difícil de serem cortadas.
Vai se cortar onde? Claro, evidentemente, pequenos remendos são possíveis, mas
buscar uma solução é algo extremamente difícil.
Então, vai ter que
haver entre o Governo Federal e o Governo do Estado uma solução.
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu acho que apenas
uma renegociação de todos os Estados da Federação com o Governo Federal pode
resolver o problema. A proposta do Governador José Serra de pagar pela TLJP
também não é uma solução que vá resolver o problema.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Agradeço pelo aparte de V. Exª. E gostaria de encerrar dizendo que há
toda uma expectativa, porque da resolução dos problemas do Estado todos nós
dependemos. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): O Ver. Raul Carrion
está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da Verª Maristela
Maffei.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Haroldo de Souza que preside os trabalhos na Sessão desta tarde, demais
Vereadores e Vereadoras, em primeiro lugar, nós queremos registrar a
importância da votação da Lei Geral de Micros e Pequenas Empresas, no dia de
ontem, na Câmara Federal, que é uma conquista do Governo Lula, tão atacado
pelas elites, pelo grande capital, pela grande mídia que se calam quando o povo
é beneficiado pela política do seu Governo. Mas o povo não é cego; nas
eleições, deu o seu recado nas urnas. Essa Lei Geral de Micros e Pequenas
Empresas, mais conhecida como Supersimples, cria um regime diferenciado para as
micros e pequenas empresas que faturam até 2,4 milhões ao ano, e as alíquotas
são reduzidas, indo de 4% a 11,61% no comércio; 1% a mais nas indústrias, e 50%
a mais no setor de serviços. Então, queremos registrar isso, fruto de um
trabalho muito sério do Presidente da Câmara Federal, nosso camarada Aldo
Rebelo que vem conduzindo com tanta maestria a nossa Câmara Federal desde que
assumiu.
Em segundo lugar,
queria parabenizar e saudar o PMDB que se soma ao segundo mandato do Governo
Lula - nós, com nossos Partidos, compomos desde o primeiro mandato o Governo
Lula. O Governo Lula impediu que o Brasil entrasse na ALCA; o Governo Lula
impediu a entrega da Base de Alcântara; o Governo Lula criou praticamente cinco
milhões de empregos com carteira assinada, sem falar nos empregos do trabalho
informal. Então, essa vinda do PMDB é muito bem-vinda por nós. Quero dizer que
o PCdoB sempre colocou essa questão do Governo de coalizão. Sempre apontamos
que os Partidos sérios não aceitam ser cooptados; eles querem co-participar do
Governo. Registro, aqui, que está prevista a participação, ao todo, de sete
Partidos na coalizão do novo Governo. E entre eles, Ver. João Antonio
Dib, registro que o PP está discutindo a integração. Talvez seja por isso que
V. Exª queira o seu aparte para trazer, também, a sua solidariedade a essa
grande coalizão.
Queria dizer que essa
coalizão se dará em cima de uma proposta programática, que é outra questão
fundamental; não pode ser em cima de cargos que os Partidos façam uma coalizão.
E diversos desses pontos o PCdoB sempre levantou e, em determinados momentos,
inclusive, criticou o Governo Lula por não ir a fundo nessas questões. A
primeira questão dessa coalizão é uma reforma política neste Brasil, que já
devia ter-se realizado.
Segundo ponto é uma reforma tributária que reduza
de forma gradual os impostos, mas de forma seletiva para os setores produtivos
e também acabando com a guerra fiscal que os Estados fazem, aumentando, também,
para as grandes fortunas, que era um Projeto do Fernando Henrique, mas, quando
chegou lá, esqueceu tudo: mandou esquecer os livros dele, mandou esquecer os
projetos dele. Depois, crescimento do País, no mínimo, em 5% ou conter as
despesas correntes para que não avancem mais do que o PIB; aprofundar as
políticas de transferência de renda; o fortalecimento da Federação, o que pode
incluir uma nova distribuição do bolo tributário. E por último, a criação de um
Conselho Político com todos os Partidos que fazem parte da coalizão.
O Sr. João Antonio
Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do
orador.) Nobre
Ver. Raul Carrion, V. Exª elogiou o Presidente Lula por ter criado cinco
milhões de empregos com carteira assinada, podemos lembrar a V. Exª – e eu
gosto muito de ouvi-lo...
O SR. RAUL CARRION: Muito obrigado, é recíproca a simpatia.
O Sr. João Antonio
Dib: ... Que quase 5 milhões de jovens entram no
mercado de trabalho anualmente, então, ele está deficitário.
O SR. RAUL CARRION: Não, não são cinco milhões.
O Sr. João Antonio
Dib: Quatro milhões, pode ter certeza.
O SR. RAUL CARRION: Não, não, V. Exª está equivocado; é de um milhão e meio pelos cálculos
do IBGE. Portanto, menos, Ver. João Antonio Dib.
O Sr. João Antonio
Dib: Quero dar um ponto para o Presidente Aldo Rebelo
pela aprovação do Projeto Supersimples, sim, mas nenhum ponto para o Congresso
Nacional pois, ontem, 330 Deputados aprovaram o Projeto, mas 180 não estavam
lá! Eles são desnecessários! É por isso que o povo já nem espera!
O SR. RAUL CARRION: Era bom...
O Sr. João Antonio Dib: Esperava há tanto
tempo o Supersimples que ontem não tinha nada de novidade!
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Vereador, seu
tempo se encerra.
O SR. RAUL CARRION: Só para concluir,
Vereador. Era bom ver os Partidos dos faltosos. Certamente, não eram do PCdoB,
Ver. Dib. E saudamos que o PP venha participar do segundo Governo Lula,
conforme as tratativas. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Haroldo de Souza): Obrigado,
Excelência.
A Verª Mônica Leal
está com a palavra em Comunicações.
A SRA. MÔNICA LEAL: Presidente, Ver.
Haroldo de Souza; senhoras e senhores, colegas Vereadoras e Vereadores, ocupo
esta tribuna, hoje, para falar de um assunto que muito pautou as falas dos meus
colegas nesta semana, e também na semana passada, que diz respeito a um gaúcho,
que, nas últimas semanas, esteve em evidência em todos os veículos de comunicação,
na imprensa falada e escrita, e também nas conversas de nossa Cidade.
Falo do empresário
Jorge Gerdau Johannpeter - e muitos dos senhores já vieram a esta tribuna para
se manifestar sobre ele -, e falo porque esse assunto merece a nossa atenção,
não porque ele estava na mídia, não porque ele estava em evidência, e, sim, com
toda a certeza, porque ele é uma referência da nossa Cidade e do nosso Estado.
E começaria dizendo
que, para o empresário, a meta de 5% de evolução do PIB, divulgada no Governo
Federal, demonstra a atenção na retomada do crescimento. No entanto, este mesmo
empresário salienta que o País deveria buscar um crescimento de 6% a 7% ao ano.
O desempenho do Brasil, observa ele, está amarrado ao baixo índice de poupança
pública, cujos níveis históricos têm sido negativos nos últimos anos.
Conseqüentemente, nós temos o desemprego, e o País fica, cada vez mais, nessa
situação.
O que eu gostaria de
referir aqui é que, na última semana, eu ouvi a Verª Maristela Maffei,
atentamente, dar a sua opinião sobre o convite possivelmente feito ao
empresário Jorge Gerdau, quando ela declarou que só podia ser uma brincadeira,
que isso de forma alguma poderia ser verdade, que seria uma piada. Não me
lembro bem das suas palavras, mas verifiquei nas notas taquigráficas, e,
resumindo, seria isso. Eu quero confessar que não votei no Lula, nem na
primeira, nem nessa segunda campanha, porque, de forma alguma, combina com as
minhas idéias. Porém, eu torço para que o Brasil tenha a possibilidade de
crescer, porque do jeito que vai, vai de mal a pior. Fiquei muito esperançosa
quando, por um momento, vi uma luz no Governo Lula ao pensar na possibilidade
de ter um Ministro da envergadura do empresário Jorge Gerdau Johannpeter, e
digo isso com muita tranqüilidade, porque não é só o exemplo financeiro da sua
empresa, mas também o exemplo social. Eu me dei ao trabalho de pegar um
relatório da Gerdau, onde a frase inicial é “Aço para transformar o mundo”, e
comecei ali a conhecer o relatório sobre a Sustentabilidade/2005, que tem essa
frase, que eu, facilmente, posso traduzir como “Ações para transformar o mundo
nas questões sociais”. Poderia citar alguns projetos desenvolvidos pela Gerdau,
como: a ONG Parceiros Voluntários; o Banco de Alimentos; o Programa de Educação
Ambiental Compartilhado; o Prato Popular, dentre muitos outros trabalhos que a
Gerdau pratica na área social. Mas o mais importante, sem sombra de dúvida,
seria ter um Ministro com uma visão moderna, planejada, econômica, para tirar o
País deste atoleiro que, na minha opinião, se encontra no momento em que nós
temos o desemprego batendo à porta de milhares de jovens e de pessoas que já
perderam a esperança. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Haroldo de Souza): Obrigado, Verª Mônica
Leal.
A Verª Maristela
Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. MARISTELA
MAFFEI: Sr. Presidente, Ver. Haroldo de Souza; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, acho que não precisa falar
muito, pois a Verª Mônica Leal, nossa querida colega, já respondeu, de certa
forma, por mim. Quando ela disse que não votou no Presidente Lula nem no
primeiro nem no segundo turno, porque não combina com as suas idéias, eu
respondo da mesma forma: eu não conheço o Dr. Jorge Gerdau, e deve ser uma rica
pessoa, deve ser uma pessoa maravilhosa, mas não condiz com as minhas idéias,
enquanto visão de filosofia ideológica, visão de Estado, de construção de vida.
Então, não combina com as minhas idéias. Por isso é que eu acho estranho e não
me sentiria à vontade, porque, quando o Presidente Lula se coloca à disposição
da sociedade brasileira para ser candidato, ele responde por um lado; nós
sabemos que, quando ele está Presidente, ele responde por toda a República,
porém ele tem ligação com um lado ideologicamente definido, e ele tem relações
com todos. Nós sabemos também como o Estado é conduzido e como a iniciativa
privada se organiza, em especial as principais empresas nacionais. Elas sugam o
Estado, se potencializam e têm bons gerentes. Parabéns! Deram certo, trazem
empregos para o País, sim, mas não é um homem talhado para ser o nosso
Ministro; ele é um homem talhado para aquilo que ele está desenvolvendo. Eu não
me sentiria feliz nesse aspecto. Não com a figura de uma pessoa que eu,
pessoalmente, nem conheço, mas pela sua função. Então, eu registro isso aqui
com a maior tranqüilidade.
Eu quero recolocar a
questão de ontem em relação ao que foi dito aqui pelo querido Ver. Ismael, que
também não foi nada pessoal, mas, no mérito, eu quero manter a minha posição,
Ver. Todeschini. Às vezes, a gente aqui é levada, no calor da discussão... Se,
de alguma forma, alguém se sentiu ofendido pelas nossas posições, acho que nós
temos que ter a grandeza de dizer: “Bom, peço desculpas se te ofendi”. Agora,
no mérito, quero manter absolutamente as convicções que me trouxeram a esta
Casa. Vamos pegar um exemplo aqui: no primeiro turno, o Vice da Governadora
Yeda, o Sr. Feijó, um homem absolutamente de convicções nas suas idéias,
absolutamente contrárias às minhas, ele, com toda a sua honestidade maquiada,
porque não iriam ganhar a eleição se ele mantivesse a sua opinião. Os
marqueteiros da sua campanha maquiaram a sua opinião, e aí ele retoma no
primeiro momento e diz com toda a sua honestidade que é preciso ter coragem de
falar verdades e mexer onde precisa mexer. “Vamos levar dez anos para desmontar
esse monstro”. Quem são os monstros? Está aqui, dito por ele, Ver. Raul
Carrion.
(Aparte
anti-regimental do Ver. Raul Carrion.)
A SRA. MARISTELA
MAFFEI: Pois é! Ele e quem mais vão levar à privatização ao
Banrisul? O que ele fala sobre as questões das estatais, do que ele chama o
funcionalismo público; ele tem que vir publicamente continuar dizendo o que ele
pensa! E ele nem assumiu ainda; vocês imaginem quando ele assumir! Agora, isso
é uma posição política minha, Ver. Raul Carrion.
Estou em Liderança,
Ver. Raul, infelizmente não posso conceder aparte. (Lê.): “Exibindo gráficos
numa tela, com auxílio de um projetor, Feijó propôs o que chamou de ‘plano
estratégico’ de retirada de empresas das mãos do Estado. Perguntou em que a
Corag, a Procergs, o IRGA, a FEE e a Ceasa beneficiam a sociedade gaúcha”. E
ele diz: “Todos esses cabides de emprego compõem e consomem aqueles 59% do que
eu estou falando”.
Pois eu quero dizer
que foram esses mesmos, enquanto presidente da iniciativa privada, os maiores
“mamadores da teta do Estado” – desculpem a expressão - que organizaram o
Estado de tal forma para beneficiá-los, e agora não serve mais. E aí o
funcionalismo público é qualquer coisa... Aí é cabide de emprego! Por que não o
deixaram continuar exibindo a sua proposta enquanto estava em campanha? Porque
ele precisava chegar em parte importante do poder para se consolidar e
continuar organizando o seu Estado privatista, o seu olhar.
E é por isso, Verª
Mônica Leal, que eu acho que cada pessoa pode lutar em um lado e defender as
suas convicções, mas tem de ser leal nos seus propósitos. O Presidente Lula não
estaria sendo leal com quem conviveu a vida toda com ele, se por acaso ele colocasse
como Ministro - no meu ponto de vista - o nosso querido Gerdau. É no sentido do
Estado.
Então, encerrando a
fala, eu quero dizer que o erro, o pecado, a vida, não é defender as suas
idéias, absolutamente, sou defensora disso; mas é defender suas idéias, cada um
no seu campo, e esconder com uma máscara o que é apenas para se eleger para
chegar a algum cargo. Muito obrigada, Sr. Presidente, senhoras e senhores.
(Não revisado pela
oradora.)
(O Ver. Luiz Braz
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. MARIO FRAGA: Presidente Luiz Braz, peço desculpas aos demais colegas, mas gostaria de
solicitar um minuto de silêncio novamente nesta Casa, em virtude do falecimento
do meu amigo e amigo de muitos desta Casa, Rui Larossa, um grande
batalhador pelo esporte amador de Porto Alegre, que trabalhou na Paquetá por
muitos anos, sendo uma pessoa muito dedicada, a quem eu respeito nesta várzea
de Porto Alegre. Por isso eu peço esse minuto de silêncio.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Mario Fraga está sendo
atendido neste exato instante. Peço que, por favor, as Sras. Vereadoras e os
Srs. Vereadores se levantem para que nós possamos cumprir o minuto de silêncio.
(Faz-se um minuto de
silêncio.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): A Verª Clênia Maranhão está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Nereu D'Avila.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu, na verdade, vim aqui falar de Porto Alegre, mas acho que há
coisas tão absurdas que é impossível ficar calada. A Vereadora que me antecedeu
levantou umas questões como se nós fôssemos verdadeiros retardados mentais. A
Vereadora disse que o Presidente Lula não convidaria para o seu Governo um
grande empresário, porque não combina, Vereadora? Mas pelo amor de Deus! Desde
o primeiro dia do Governo Lula que o empresário da área agrícola brasileira, o
Roberto Rodrigues, está lá; e o Ministro Furlan, um dos maiores empresários
brasileiros; e o ex-representante do Citibank, o Secretário Meirelles; quer
dizer, nós estamos no Brasil, nós sabemos das notícias. Então é como se nós
fôssemos um monte de retardados, que as pessoas dizem o que bem entendem e nós
somos obrigados a ficar quietos?
Agora, tem uma outra
coisa também – desculpem, pois eu não estou aqui para entrar nessa polêmica,
não é a minha polêmica preferida -, mas dizer que seria uma decepção que um
empresário da qualidade do Dr. Gerdau fosse Ministro em um País onde foram
Ministros o Dirceu, o Palocci, o José Genuíno... O Freud, da intimidade do
Presidente, foi Presidente do Partido, o Berzoini, Gushiken! Esses é que fazem
vergonha ao Brasil! Pelo amor de Deus! Então vamos ter um pouco de respeito com
quem tem seriedade política, porque senão as coisas ficam muito difíceis de
serem discutidas!
Então, realmente,
quem envergonha é quem faz corrupção, é quem bota a mão no caixa-dois, é quem
se apropria do que não é seu! Isso, sim, envergonha o País! E é contra isso que
eu acho que qualquer pessoa, sendo ou não da base do Governo Lula, eu
particularmente não sou, tem que denunciar, mas a entrada de pessoas
competentes para este Governo tem que ser simplesmente reconhecida como uma
coisa que contribui para o Brasil, como é o caso do Ministro Furlan, que eu
acho que tem, Vereadora, uma contribuição importante dada ao Brasil. Agora,
realmente, eu acho que quem envergonha é o Gushiken, é o Berzoini, é o Zé
Dirceu, é o Palocci, é o Genuíno, é o Freud e uma série de outros. Mas, enfim,
eu acho que era só para não deixar passar uma coisa como se nós realmente
estivéssemos morando em Marte e não estivéssemos morando neste País e
acompanhando esse banho de corrupção que, infelizmente, o Brasil levou, e eu
espero que não leve nesse segundo mandato.
Eu sou dessas
brasileiras que torce para que esse segundo Governo Lula seja um Governo a
favor do Brasil, a favor da ética e a favor do desenvolvimento do País. Eu fico
feliz quando os Partidos importantes estão se dedicando à construção de um
Governo na direção de fazer com que o País seja um país cada vez melhor. Então
eu torço para que o Brasil dê certo, eu torço para que o Brasil se desenvolva,
e, conseqüentemente, eu torço para que o Governo faça um bom governo, em que
realmente se possa pensar no futuro do Brasil. Estou torcendo, efetivamente,
para isso!
Mas eu queria, aqui, mais uma vez,
falar sobre questões importantes que estamos vivendo na nossa Cidade. E eu
queria, mais uma vez, me reportar às iniciativas que o Governo da Prefeitura de
Porto Alegre está fazendo com o seu programa de descentralização, destacando
mais uma vez as iniciativas tomadas em relação à Restinga pela ação da
descentralização do DEMHAB, que está permitindo uma aproximação maior da
Prefeitura aos usuários do DEMHAB, para que possam, através do escritório
descentralizado, ter um atendimento com maior qualidade, assim como todo esse
processo que hoje é desenvolvido na Cidade, do acesso da população de Porto
Alegre à Informática, para poder entrar no mundo digital, fundamental na área
da inclusão social e da inclusão digital de Porto Alegre.
Eu queria dizer que
ontem tive a possibilidade - também estava lá o Ver. Bins Ely - de ver o
lançamento da Agenda Ambiental de Porto Alegre, com um destaque especial aos
Morros da nossa Cidade, o que realmente nos propicia a conhecer com mais
profundidade a nossa Cidade.
Por último, quero
saudar as iniciativas que a SMIC tem tido na área da profissionalização, na
área da capacitação da mão-de-obra, pois a preparação da mão-de-obra da
população que mais precisa é um instrumento fundamental na garantia do emprego.
O Sr. Adeli Sell: V. Exª permite um aparte?
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Terminou o meu tempo, desculpe.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Ver. Adeli, eu peço desculpas a
Vossa Excelência, mas terminou o tempo da Verª Clênia Maranhão.
O Ver. Ervino Besson está com a
palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Paulo Odone.
O SR. ERVINO BESSON: Meu caro Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, senhoras e senhores que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16
da TVCâmara, eu queria saudar a todos.
Quero agradecer ao
meu colega Líder da Bancada, Ver. Paulo Odone, que me concedeu o seu tempo, no
dia de hoje, no período de Comunicações.
Falou-se aqui hoje
que o Governo Lula criou cinco milhões de empregos. Se há alguém que torce para
que o Governo Lula faça um belo Governo, este alguém sou eu. Agora, eu quero
que vocês acompanhem o meu raciocínio. Vamos pegar aqui, no nosso Estado, a
política do Governo Lula a respeito do dólar. Se alguém que me acompanha pela
TVCâmara, os colegas Vereadores ou vocês nas galerias, pensa que a baixa do
dólar é um grande ganho para o Brasil, está extremamente equivocado. Acompanhem
o meu raciocínio. Vamos pegar a indústria calçadista: milhares de empregos e
empresas estão fechando por causa da política do Governo Federal, por causa do
dólar. Vamos mais adiante um pouco. A Massey Ferguson, uma das maiores fábricas
de tratores do mundo, está aí numa situação crítica; talvez até esteja com os
dias contados - queira Deus que não -, por causa do quê? Por causa da política
do Governo. É por causa da política do Governo!
E há outros
segmentos. Como é que está a agricultura? Se alguém dos senhores tem algum
conhecido ou familiares que trabalham na agricultura, pergunte a eles como é
que está a agricultura hoje. É a política do Governo Federal, eu conheço essa
área. Não adianta pegar este microfone e colocar inverdades, colocar algo que
não se conhece. Não vamos colocar fatos, críticas, mas mostrar o lado da
crítica. É isso que eu estou fazendo neste momento. Como já disse, queira Deus
que Lula se assessore de pessoas que tenham conhecimento, que tenham amor a
este País, porque, no seu primeiro mandato... Por favor!
Vamos, de cabeça
fria, avaliar o primeiro mandato do Governo Lula, que se reelegeu nosso
Presidente simplesmente por um programa assistencial. Isso é solução para o
Brasil? É uma tragédia! Para mim, é uma tragédia para o nosso País. Agora vir
aqui dizer que criou cinco milhões, quatro milhões de empregos; isso não é
verídico. Vamos pegar aqui o nosso Estado do Rio Grande do Sul, mas de cabeça
fria, com responsabilidade, brasilidade, e vamos ver se isso é verídico. Não é,
meu caro Presidente. Não é verdade! O nosso País está indo à bancarrota, minha
gente! Queira Deus, como já disse, que o Governo Lula... Pelo menos ele está
demonstrando que vai governar este País com outros Partidos que têm quadro
qualificado para governar, para que este País siga, sim, numa outra linha, mas
não como está acontecendo no dia de hoje. É só observar, gente: onde o Lula
teve a maior votação, qual é o programa que ele aplicou nesses locais? São
simplesmente programas assistencialistas; não é isso que nós queremos, o povo
quer emprego, o povo quer desenvolvimento. Até quando o nosso País consegue
suportar o quadro político que o nosso Presidente está colocando ou que pelo
menos colocou no seu primeiro mandato? É mentira o que estou colocando para
vocês? Ou é verdade? E o brutal desemprego que temos neste País! Agora vir aqui
dizer que há milhões e milhões de empregos não é verdade!
Portanto, meu caro
Presidente, como já disse, sou brasileiro, somos brasileiros, e nós temos que
torcer, sim, para que, no segundo mandato do nosso Presidente ele consiga fazer
um mandato muito melhor do que ele fez no seu primeiro mandato como Presidente
desta Nação. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): A Verª Maristela Meneghetti está
com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do Ver. Professor Garcia.
A SRA. MARISTELA
MENEGHETTI: Ver. Luiz Braz, na presidência dos trabalhos; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, quero abordar hoje uma
iniciativa que pode ser comemorada pelos cidadãos da nossa Cidade e que
considero de grande importância em benefício do processo de educação para o
consumo: a proposta de implantação do Procon Municipal, o Projeto de Lei que
deverá ser em breve apreciado por esta Casa, e que, tenho convicção, será
aprovado por todas as Bancadas. É bom ressaltar que atualmente cerca de 90% dos
atendimentos são realizados pelo Procon Estadual e oriundos de Porto Alegre,
mais uma prova de que a criação do órgão servirá para suprir uma grande demanda
dos nossos consumidores.
Depois de instalado,
caberá a todos nós cobrar e fiscalizar, para que o Procon da Capital realize um
serviço efetivo e garanta o cumprimento de direitos básicos do consumidor como
a liberdade de escolha dos produtos e serviços, o direito à informação, a
proteção contra a publicidade enganosa e abusiva e o direito a serviços
públicos de qualidade. Algumas dessas ações abusivas acabam não sendo coibidas
pela falta de informações.
É importante destacar
que muitas ações de fornecedores são proibidas por lei, tais como o
condicionamento da venda de um produto à compra de outro ou a prestação de algum
tipo de serviço que não tenha sido contratado. Todos esses direitos estão
garantidos no Código de Defesa do Consumidor.
Quando foi lançado,
em 1990, o Código era visto por muitos como um grupo de leis que poderia
prejudicar empresários, mas essa mentalidade mudou, e hoje é considerado um
manual de como fidelizar os clientes, além de um marco na organização da
sociedade civil.
A criação do Procon
Municipal representará um avanço também no sentido da conscientização. É
impossível exigirmos os nossos direitos se não os conhecemos; por isso destaco
a importância da educação para o consumo; ela oportuniza o correto
esclarecimento à comunidade da rotina de consumo, melhor percepção de respeito
à cidadania e desenvolvimento do equilíbrio nas relações entre consumidor e
fornecedor. Se o Procon Municipal conseguir cumprir esse papel, estará, além de
possibilitando a correção dos desvios que devem ser combatidos, agindo em
benefício da cidadania. Muito obrigada, Sr. Presidente.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
N. 5131/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 218/06, de autoria do
Ver. Elói Guimarães, que declara de utilidade pública o Instituto Genealógico
do Rio Grande do Sul.
PROC. N. 5261/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 224/06, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que altera o parágrafo único do
art. 1º da Lei nº 10.073, de 23 de outubro de 2006, que denomina Avenida Nossa
Senhora de Guadalupe, Rua Padre
Henrique Pauquet, Rua Padre Oscar Puhl, Rua Padre Ayrton Alvares
Bitencourt, Rua Padre Guilherme Boll, Rua Padre Emilio Hartmann, Rua Padre
Franz Maurmann e Rua Padre Valerio Alberton os logradouros públicos
não-cadastrados, conhecidos respectivamente como Rua 5034, Rua 5035, Rua 5036,
Rua 5037, Rua 5038, Rua 5039, Rua 5040 e Rua 5041, localizados no Bairro
Hípica, corrigindo os dizeres das placas denominativas. (Este projeto com parecer favorável das Comissões Permanentes
pelas quais tramitar será considerado aprovado, salvo requerimento de 1/6 dos
membros da Câmara.)
2ª
SESSÃO
PROC. N. 4653/06 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 201/06, de autoria do Ver. Ibsen Pinheiro, que dispõe sobre
a comercialização, o armazenamento, o transporte e a obrigatoriedade de
rotulagem nas embalagens de produtos químicos de limpeza no Município de Porto
Alegre. Com Substitutivo nº 01.
PROC.
N. 4412/06 - SUBSTITUTIVO N. 01, de
autoria do Ver. João Carlos Nedel, que altera a redação dos §§ 1º e 2º do art.
1º e o art. 3º da Lei Complementar nº 555, de 13 de julho de 2006, que proíbe,
no Município de Porto Alegre, o uso de produtos fumígenos em recintos coletivos
e em recintos de trabalho coletivo, exceto para as áreas destinadas
exclusivamente a esse fim, desde que devidamente isoladas e com arejamento
conveniente, determinando a afixação, nos recintos, de cartazes informando a
proibição estabelecida na referida Lei, e estabelecendo sanções a serem
aplicadas a seus infratores, ao PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO
N. 023/06, de autoria do Ver Alceu Brasinha.
PROC. N. 5134/06 – PROJETO DE RESOLUÇÃO
N. 091/06, de autoria do Ver. Elói Guimarães, que institui o Prêmio Santos-Dumont,
a ser concedido, anualmente, a integrantes ou ex-integrantes da Aviação Civil
ou Militar, e a pessoas vinculadas diretamente à atividade aeronáutica.
3ª SESSÃO
PROC.
N. 4931/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 212/06, de autoria da
Ver.ª Clênia Maranhão, que institui o Dia de Conscientização do Estresse, a ser
comemorado, anualmente, no terceiro domingo de novembro, passando a integrar o
Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre.
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, continuam fazendo uma série de Projetos de Lei, que eu acho até que
não trazem nada para a grandeza da Casa, principalmente, quando, através de
Projeto de Resolução, se cria mais um prêmio com Sessão Solene. Nós estamos
acostumados a ver, aqui na Casa, Sessões Solenes com 36 Vereadores votando para
que elas ocorram, mas só comparecem três ou quatro. Já fizemos Sessões Solenes
com dois Vereadores, um preside e o outro fala; aí sai o que falou, preside
para o presidente do momento falar, e terminou a Sessão. Então, eu acho que nós
não precisamos fazer mais prêmios. E, por outro lado, quando se propõe um
prêmio que gera custos, eu tenho a impressão que é a Mesa quem deve propor. E
aí eu tenho de brigar com a Procuradoria da Casa, o que eu não gosto, porque
diz que não há impedimento jurídico para tramitação da matéria. Eu acho que há,
o Ver. Elói Guimarães propõe o Prêmio Santos Dumont, a ser concedido,
anualmente, a integrantes, ou ex-integrantes da Aviação Civil ou Militar, e a
pessoas vinculadas diretamente à atividade aeronáutica. Diz ele que (Lê.):
“Fica instituído o Prêmio, que será concedido por deliberação do Plenário da
Câmara mediante proposição do Vereador, que será objeto de Resolução promulgada
pelo Presidente da Câmara Municipal”. Eu não sei se o Presidente promulga ou
sanciona as resoluções, mas, de qualquer forma, não é essa a minha diferença. E
o Prêmio será concedido, anualmente, em Sessão Solene, aí vão ter três
Vereadores, quatro Vereadores, e aí vem o Tenente-Brigadeiro da Aeronáutica, o
Comandante do 5º COMAR, vem o Comandante do Porto, vem o Comandante do
Exército, da Brigada Militar e dois Vereadores.
(Lê.): “O Prêmio” -
diz o Ver. Elói Guimarães -, “constará de um diploma com a impressão do Brasão
da Cidade, no qual constarão as razões da homenagem, e de uma medalha dourada,
contendo no anverso, a efígie de Santos Dumont, e, no verso, o nome do
homenageado e o ano da homenagem. Concedido o Prêmio, será registrado em livro
especial, no qual constarão, detalhadamente, as razões da homenagem, a síntese
da obra, e os dados biográficos do homenageado.” É interessante. Agora, ele diz
que “as despesas decorrentes desta Resolução correrão à conta do Orçamento
vigente e, nos exercícios posteriores, à conta de dotação orçamentária
específica”. Ele está querendo, pelo o que eu entendo - o Orçamento vigente -,
fazer a outorga do Prêmio este ano ainda para alguém, mas, se ele quiser fazer
para alguém este ano, não pode mais, porque era comemoração da Semana da Asa, e
isso já passou.
De qualquer forma,
ele está dizendo aqui que há custo, sim, e a Procuradoria da Casa diz que pode
ser feito, que não há óbices. Eu, já no passado, propus, o que é raro para este
Vereador, a criação de um Prêmio, que é um sucesso aqui na Câmara de Porto
Alegre, sempre que há a outorga do Prêmio há muita gente presente. Fiz essa
proposição, e como havia custos, eu tive que entregar para a Mesa, para que
esta apresentasse. Agora, eu não vejo qual é a diferença, aqui há custos, o
próprio proponente fala que os custos serão cobertos pelo Orçamento vigente -
seria este ano -, ou dos anos subseqüentes. Então, se há custos, cabe à Mesa
fazer, mas eu acho que nós não precisamos de mais prêmios; eu acho que nós
precisamos fazer uma análise para reduzir os prêmios que esta Casa distribui, e
os Vereadores não vêm aplaudir os que os recebem.
Esta semana, eu
assisti a um fato insólito. Fizeram uma homenagem muito grande, em que três
entidades foram homenageadas. Nesta mesma homenagem, alguns Vereadores falaram,
até havia número suficiente, mas não deram a palavra para a Terreira, não deram
a palavra para o Quilombo e não deram a palavra para o Carnaval. Eu nunca tinha
visto homenageado não poder falar, eu nunca tinha visto. E depois, quando se
encerrou, depois do Hino Rio-Grandense, um dos homenageados, a Escola de Samba,
com a sua bateria, aqui, tocou a bateria, cantaram o samba-enredo, e aí ele
tomou o microfone e disse: “Não foi permitido falar, mas agora eu estou
agradecendo”. Então nós temos solenidades em excesso, prêmios em excesso, nós
temos é que simplificar para poder bem levar avante os trabalhos do nosso
Plenário.
A SRA. MARISTELA
MAFFEI: Sr. Presidente, agradeço pela sua nobre
insistência, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, eu queria,
rapidamente, falar, pontuar dois Projetos que considero importantes para que se
aprofunde essa discussão. Apesar de o Ver. Ibsen estar nos deixando para ir,
novamente, ao Congresso Nacional, deixa para nós, também, um Projeto importante
para a cidade de Porto Alegre, principalmente em relação à questão ambiental,
que é o PLL nº 201/06, que dispõe sobre a comercialização, o armazenamento, o
transporte e a obrigatoriedade de rotulagem nas embalagens de produtos químicos
de limpeza no Município de Porto Alegre. Nós sabemos que enfrentamos um
problema sério sem a regulamentação, e também muitas vezes, por haver uma
fórmula de produtos químicos clandestinamente, por não terem o acompanhamento
de um químico responsável, os segmentos que trabalham com esse tipo de produtos
não possuem informação na área, prejudicando o consumidor. Então, entra a
questão da saúde pública e também do meio ambiente. Portanto, Vereador Ibsen,
quero dizer que sou favorável, quero me aprofundar mais sobre o tema, mas, com
certeza, trará benefícios à cidade de Porto Alegre e, em primeiro lugar, aos
nossos consumidores.
Temos, também, o
Substitutivo do Ver. Brasinha em relação ao Projeto do Ver. João Carlos Nedel,
que elaborou e aprovou nesta Casa um Projeto em relação à questão dos bares e,
em especial, à questão das pessoas que são usuárias de fumo, de cigarro,
propriamente dito, para que estejam em lugares devidamente isolados. E o Ver.
Brasinha traz um Projeto alternativo, um Substitutivo, tratando ou tentando
melhorar este Projeto, sobre o qual nós, também, vamos ter que nos deter para
que não façamos um monstrengo, desculpe a expressão vulgar, maior do que já
está estabelecido com o Projeto do Ver. Nedel, que, na verdade, apenas
criminaliza o comerciante. E nós soubemos o quanto os nossos comerciantes já
estão pagando pela política estabelecida no Governo anterior e também por este
em relação ao problema dos bares, que podem ter as suas mesas, agora, com o
atual horário, apenas até às 11 horas. Se formos considerar a questão do novo
horário, os bares ficam com as mesas para fora, na rua, até às 11 horas, sendo
Porto Alegre a Capital do Estado do Rio Grande do Sul. Então, mais uma
penalização, e isso também traz, de certa forma, um desprestígio para aqueles
que geram tanto emprego e renda para a nossa Cidade. Então, Ver. Brasinha, não
fiz ainda a análise profunda e necessária do seu Projeto, mas, com certeza,
somos parceiros no sentido de querer olhar a matéria com o zelo necessário, até
porque estamos tratando de um Substitutivo. Muito obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): A Verª Neuza Canabarro estava
inscrita antes da Verª Maristela Maffei, e eu não tinha visto, aqui, Verª Neuza
Canabarro. Peço desculpas a Vossa Excelência.
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras, em nome da Bancada do
Partido dos Trabalhadores, uso o Tempo de Liderança para tratar do tema da
palestra na Federasul, na data de ontem, pelo seu ex-Presidente e atual
Vice-Governador, Sr. Paulo Feijó. A manchete dos jornais de hoje diz o
seguinte: “Feijó elege Rigotto e estatais como alvo.” É interessante. Por
muitas e muitas vezes eu fui representar oficialmente esta Casa e, quando
Secretário, a Prefeitura, em eventos em que o Sr. Feijó era “o dono do pedaço”,
era o Presidente da Sessão, da Mesa ou da Entidade, e ouvi muitos impropérios
do Sr. Feijó contra o PT, contra as nossas Administrações. Hoje, nós lemos nos jornais
o resumo da sua palestra. Ele diz que tem que acabar com algumas empresas, como
a Corag, a Procergs, o IRGA e a Ceasa. Os senhores imaginem acabar com a Ceasa,
no Rio Grande do Sul? Vocês podem imaginar como seria feito o abastecimento? O
supermercado quebrado da sua família, que ficou devendo o ICMS para o Governo
do Estado? Essa é a maneira de gerir um Estado importante como o nosso? Ou
vocês não se lembram...? Eu tenho guardadas as páginas dos jornais: 1994, está
lá guardado, os meus arquivos estão todos preservados. Acabar com a Corag. Tudo
bem. Com que justificativa? Vender as máquinas? Pagar serviço terceirizado?
Para quê? Quem colocou pessoas corruptas dentro da Corag foi o Partido que está
vindo para o Governo, o PSDB. Então, “devagar com o andor”. Acabar com o IRGA
num Estado em que nós temos uma crise do arroz? E o nosso arroz está sendo
dinamitado pelas importações irregulares, suspeitas, e teremos, talvez, um
arroz contaminado, vindo da Malásia?! É isso que o Vice-Governador quer fazer?
Vamos fazer o debate, porque se ele tem esse seu jeito altivo de falar e dizer
as coisas, não há problema! Eu também sei falar! E temos microfone aqui! Porque
esta é uma Câmara que não se verga, que não se dobra! Aqui, a gente tem
opinião! Aqui, a gente fala! Deputado Cassiá, o senhor foi eleito, o senhor vai
para a Assembléia Legislativa do Estado, e quero lhe dizer que São Borja não
deve estar gostando desse negócio do IRGA, - acabar com o IRGA! -, porque o
IRGA é um órgão sério, importante, necessário! Tem mais: o tão ousado
Vice-Governador diz que o Judiciário gasta bem os recursos que administra. Ora,
vejam só! Será, meus caros Vereadores, meu caro Ver. João Dib, minha digna
ex-Secretária, minha colega Neuza Canabarro, será que é justo construir
luxuosos fóruns, ao lado de delegacias caindo aos pedaços, pagando aluguéis
astronômicos no Interior do Estado?! E aquelas casinhas miudinhas da Brigada
Militar nuns cantinhos?!
A Delegacia do
Consumidor em Porto Alegre é um beco! E depois vamos colocar essa dinheirama
toda no Judiciário?! Para que isso?! O que é isso?! Não havia um pacto, não
havia uma combinação, tão badalada, de 3% para o Judiciário? E agora é 3,8%?!
Ou existe gente que tem medo de falar do Judiciário? Eu não tenho. Há um
Procurador que já me processou, processou inclusive a Prefeitura, mas eu não
vou me calar! Aquilo que eu acho errado está errado! E eu respeito os Poderes
constituídos. Tenho, por exemplo, um grande respeito pelo Poder Judiciário,
pelo Ministério Público...! Tenho boas relações, discuto...! Agora,
convenhamos, este Estado precisa de atitudes, mas atitudes no sentido de
resguardar o patrimônio público, de resguardar sua história e não destruir o
Estado por empáfia, por arrogância e por quem se acha dono da verdade! Vamos
voltar algumas páginas na história e vamos ver quem levou empresa para falência
e não pagou imposto! Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Cassiá Carpes está com a
palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Luiz Braz; Sras Vereadoras
e Srs. Vereadores, quem quiser entender a questão da Saúde no Brasil, que leia
esta matéria da página 4 do jornal Zero Hora sobre o raio x da Saúde, com o
título “Hospitais em Coma”. Esta reportagem desmistifica muita coisa, até
questões que nós debatemos aqui. Uns a favor, outros dizendo que a culpa é do
Município, outros dizendo que a culpa é do Estado, outros dizendo que a culpa é
da União. Eu vou ler alguns trechos importantes (Lê.): “A situação é tão
insuportável que estamos organizando uma mobilização nacional em Brasília nos
próximos 10 dias para buscar soluções...” “Aqui em Viamão, recentemente, numa
má gestão” - é outro aspecto dessa questão da Saúde -, “para estancar um deficit mensal de 220 mil do Hospital de
Caridade de Viamão houve uma grande parceria, e o Instituto de Cardiologia de
Porto Alegre foi surpreendido quando tomou ciência da situação de que havia uma
dívida. O Sindisaúde mostra interesse em retirar o processo que cobra valores
retroativos desde 2001, que chegaram a 4 milhões, mas exigem a formalização da
situação”. Desde 2001, vejam bem, isso já vem se arrastando há muito tempo.
Aqui deixam bem clara a situação e citam (Lê.): “...os funcionários fazem
milagres...”, “...a situação é tão insuportável...”; “...as Santas Casas estão
numa situação terrível...” Mas aqui deixa bem claro que, se o Município, o
Estado e a União não chegarem a um consenso... porque a Saúde é uma questão
nacional, está inserida no contexto nacional prejudicando todos. Está aqui o
nome: Santa Casa de Bagé, de Rio Pardo, de Candelária, de Montenegro, de
Livramento, Guaíba, Vacaria, Santo Ângelo, Palmeira das Missões, Santa Maria...
A questão é muito séria.
Na outra matéria, só
desmistificando, pois muito se diz aqui que os Municípios, muitas vezes, são
culpados, o Estado é o culpado, a União é a culpada... Não, os três: Município,
Estado e União e mais a má-gestão.
Na página 46, também,
do jornal Zero Hora, temos a matéria - para desmistificarmos também outras
questões: “Vinte mil crianças não têm creches na Capital”. Eu vou ler um trecho
aqui (Lê.): “Apenas parte da solução, prometida desde 2001, será obtida no
próximo ano. Hoje a rede absorve 13.437 crianças. Para 2007, estão sendo
prometidas mais 1.368 vagas, com a construção de 12 escolas via Orçamento
Participativo”.
Ver. João Dib, não
somos contra o Orçamento Participativo, mas o Orçamento Participativo cada vez
nos prova que, se não tiver dinheiro no Orçamento, não há condição de a
população ser enganada pelos governos! Como é que vai demandar naquele
caderninho do CROP e não
sei mais o que tem, que deixa a gente louco de tanta reunião, se não tem
dinheiro no Orçamento para cumprir, desde 2001? Desde 1999, têm obras que não
foram cumpridas e que estavam no caderninho. Então, a gente é a favor do
Orçamento Participativo, mas não deste Orçamento Participativo que promete e
não cumpre.
Terminando, Sr.
Presidente, quero dizer aqui, Ver. João Dib, que só posso estar ficando louco
quando eu ouço uma Vereadora dizer que o Jorge Gerdau não pode ser Ministro,
mas Jader Barbalho pode, o Quércia pode, o Renan Calheiros pode, o Sarney pode!
Eu, realmente, não estou entendendo mais de política. E quero, aqui, até fazer
uma previsão, vou tentar ver a minha bola de cristal: nós vamos ter em 2008,
Ver. Besson, coligações esdrúxulas em Porto Alegre, que vão assustar o eleitor.
E em 2010, então, nem se fala, porque o que estamos vendo na política
brasileira é uma vergonha com a falta de coerência dos políticos. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. João Dib está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu acho que o Ver. Adeli Sell, quando foi soldado, exerceu as suas
funções na companhia de metralhadoras, porque hoje ele foi para a tribuna com a
sua metralhadora giratória e saiu metralhando tudo! Não escapou nada. Mas é
muito ruim as pessoas ficarem sob as luzes dos holofotes.
Até o momento em que
o Vice-Governador Paulo Feijó não estava eleito para o cargo, eu não vi ninguém
aqui na Câmara falar mal dele, e acho que ninguém pode falar mal dele, tem mais
isso. Agora, hoje o Ver. Adeli Sell até já disse que a sua empresa quebrou,
ficou devendo impostos. Pelo amor de Deus! Todo o mundo sabe que as empresas
foram vendidas, e muito bem vendidas, que o rapaz é realmente competente e pode
ter idéias diferentes das minhas, das do Ver. Adeli ou das idéias do Ver. Luiz
Braz. Mas isso não tira os méritos dele de ser um rapaz estudioso, um homem
estudioso, que tem as suas convicções, mas que é capaz de se moldar às
necessidades que o Estado venha a ter. Ele disse ontem – sei disso, é claro –
que ele não faria essa luta de 3,8% para 3%, ele acha que é um desgaste. Olha,
eu acho que tem muita gente pensando como ele. Eu, por exemplo, diria ao
Judiciário, se fosse a Governadora, que daria os 3% e a responsabilidade de, em
seis meses, se a receita melhorar, se a despesa diminuir, dar os 0,8% ou até
1%, sem problema nenhum. Mas eu penso de uma maneira, o Vice-Governador, de
outra, e a Governadora, de uma outra maneira. Isso se chama democracia e
precisa haver convívio entre as pessoas que pensam de forma diferente.
Mas há uma coisa que
eu não posso deixar de elogiar, hoje: a Administração Fogaça. Há muito tempo,
eu venho dizendo que chega de faculdades, têm muitas faculdades neste País. Nós
formamos mais advogados do que o mercado pode absorver nos próximos dois mil
anos. Nós formamos mais jornalistas do que jornais necessitam e que possam
absorvê-los. Nós formamos mais médicos do que o mercado é capaz. Então, o
problema do brasileiro não é mais faculdades. Mas parece que todo mundo quer
ser doutor com o canudo embaixo do braço, depois não tem emprego, depois não tem
o que fazer. Quando eu estudava na Escola de Engenharia, ao lado tinha o
Instituto Parobé que formava técnicos. No momento em que aqueles técnicos se
formavam, havia disputa para que eles fossem absorvidos por diferentes
empresas, até fora do Estado. E agora a Prefeitura, para satisfação minha, abre
vagas para cursos de capacitação. A Prefeitura informa quais os requisitos que
o interessado deve ter ao se inscrever e como serão ministrados os cursos
(Lê.): “Os cursos serão realizados em duas etapas. A primeira fase será
realizada de 27 de novembro a 23 de dezembro” - portanto, já deve estar
começando na próxima semana -, “a segunda fase, o período de realização dos
cursos será definida e comunicada aos alunos posteriormente. Cursos e vagas: na
primeira fase serão 30 vagas para assistente administrativo e de recursos
humanos...” Nesses dias, eu recebi uma solicitação de estágio para um jovem;
não deu para atender aos seus anseios porque o seu Português era terrível, mas
a Prefeitura está preparando 30 vagas para secretária e recepcionista; 58 para
telemarketing; 50 para confeiteiro e bolos artísticos; 30 para garçom e
garçonete; 30 para portaria e zeladoria; 60 para camareira; 30 para
refrigeração e ar-condicionado; 30 para gesseiro e azulejista – isso é
importantíssimo, gesso e azulejo nós precisamos sempre nos nossos imóveis; 28
para assistente de contabilidade financeira. Na segunda fase dos cursos, serão
28 para auxiliar de escritório; 30 para instalação elétrica e hidráulica
prediais. Eu mesmo sou um consumidor de instalação hidráulica predial com muita
freqüência. Tenho uma falta de sorte, sempre tem uma fuga d’água no meu
apartamento e eu tenho de me incomodar. Talvez eu vá ter de chamar um desses
30, pois tenho certeza de que eles serão bem preparados. “Mais 30 vagas para
pintura predial e texturização; 60 para telefonia; 60 para auxiliar de cozinha;
60 para jardinagem e mais 28 vagas de serralheria.”
Essas pessoas, ao
concluírem esses cursos que a Prefeitura do Prefeito José Fogaça está lançando,
pode ter certeza, Ver. Luiz Braz, de que terão emprego, sim, porque nós estamos
acostumados a receber em nosso gabinete pessoas que fazem qualquer coisa. Mas
para qual dessas coisas nós podemos encaminhar? Elas dizem: “Faço qualquer
coisa”. Aqueles que têm especialidade, raramente, comparecem nos nossos
gabinetes. E aqueles técnicos que se formavam antigamente, esses nunca pediram
em gabinete nenhum emprego; eles são procurados.
E quando o falecido
Deputado Hugo Mardini assumiu a sua cadeira na Câmara Federal, em 1974, eu
viajei com ele para Brasília e lhe disse: “Mardini, tu és um homem ligado à
Educação, faz com que aconteçam neste País cursos de nível técnico, mas de
profundidade, porque nós vamos empregar muita gente”. Lamentavelmente, ele não
conseguiu, porque parece ser muito mais fácil, por exemplo, fazer Faculdade do
Pampa, faculdade não sei do que e mais duas ou três faculdades e universidades
que vão ser criadas agora. E nós não temos emprego para toda a gente que sai
dessas faculdades.
E o pior de tudo, Sr.
Presidente, não temos professores à altura para essas faculdades; não se faz um
professor universitário de um dia para o outro, não. Eu sou do tempo em que os
professores, por exemplo, na Escola de Engenharia, sabiam o que diziam. Hoje,
os alunos colocam o professor em xeque, reiteradas vezes.
Portanto, eu quero reiterar os meus cumprimentos,
os cumprimentos da minha Bancada, ao Prefeito José Fogaça, que inicia – é o
primeiro passo – a abertura de vagas para cursos de capacitação. Nós precisamos
de gente mais capaz. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado,
Ver. João Dib.
O Ver. Raul Carrion
está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Luiz Braz, que preside os trabalhos desta Casa; demais Vereadoras e
Vereadores, todos que nos acompanham, nós, ao falarmos em Comunicações,
referimos e saudamos, Ver. Todeschini, o ingresso do PMDB no Governo Lula.
Queríamos também
referir, segundo a imprensa, e saudar que também o PDT anuncia apoio, e leio a
notícia do jornal Zero Hora, página 14 (Lê.): “Outro Partido que em breve deve
anunciar oficialmente seu apoio ao Governo Lula é o PDT. A posição será tomada
após audiência no Palácio do Planalto, dia 28, entre o Presidente Luiz Inácio
Lula da Silva e o Presidente do PDT, Carlos Lupi”.
Eu creio que são
notícias importantes. Primeiro, houve a participação do PT, do PCdoB, do PSB,
em nível nacional, Verª Margarete, que construíram a vitória de Lula desde o
primeiro turno, e, agora, Partidos que nós sempre consideramos de centro, de
centro/esquerda, como o PMDB e o PDT, irão contribuir, o que é importante numa
visão de coalizão, numa visão de um programa que foi afirmado, havendo uma
co-participação de todos. É essa visão estratégica que o PCdoB sempre defendeu.
Não é problema de aderência, não é problema de cooptação. Houve alguns
equívocos no primeiro Governo, e nós temos que registrar. A história ensina as
forças políticas a compreenderem essa caminhada. Então, eu acho que isso é
importante, é um aprendizado.
As transformações,
Verª Sofia, do nosso Continente Brasil não serão feitas por um único Partido. A
correlação mundial é muito complexa, e, quem sabe, teremos, também, como
tivemos no primeiro Governo, Ver. Elói Guimarães, a participação do PTB num
outro patamar. Vamos deixar de lado, vamos esquecer as críticas, muitas vezes,
levianas, digamos assim, que ocorreram. O que importa é o interesse nacional, é
construir uma Pátria soberana, Verª Neuza Canabarro.
Queremos parabenizar
o PDT do Rio Grande do Sul, que não embarcou no apoio ao neoliberalismo;
cumpriu a sua função. Queremos cumprimentar o Deputado Federal Collares, que,
lá naquele episódio da eleição do Presidente da Câmara, teve uma posição
altaneira, e, certamente, o PDT deu a sua contribuição. Podem ter ocorrido
erros na caminhada, mas a caminhada é para o Brasil avançar. E creio que nós
estamos acumulando condições no segundo turno.
Queria também
referir, rapidamente, que a imprensa hoje noticia que o consumo popular aumenta
no Governo Lula, sendo que as classes D e E, com renda de até quatro salários
mínimos, tiveram um aumento de 11% no seu consumo; aumentaram a cesta básica de
21 para 27 itens. E os gastos dessa classe aumentaram 35%. E, em conclusão, 2
milhões e 150 mil pessoas das classes D e E ingressaram na classe C, ou seja,
tiveram aumento de qualidade de vida.
Queríamos também
referir que, com pouca repercussão na imprensa, a Delegada escalada pela
Secretaria de Segurança de São Paulo que fez o inquérito sobre o assassinato do
ex-Prefeito Celso Daniel chegou à conclusão cabal de que o crime foi um crime
político, e está sendo pouco noticiado. Quase lincharam o Partido dos
Trabalhadores, quase lincharam durante um ano inteiro o Presidente Lula,
acusando-o das piores coisas, e agora está provado por uma Delegada indicada
pelo Governo do PSDB de São Paulo que o crime teve motivação unicamente
política.
E por fim, a imprensa
também não dá muita notícia dos depoimentos, na CPI das Sanguessugas, do
ex-Diretor do Banco do Brasil Expedito Veloso, e ele revela que o Governador
eleito de São Paulo, José Serra, do PSDB, recebeu dinheiro da máfia das
ambulâncias, por meio do caixa-dois na campanha presidencial de 2002. E foram,
inclusive, identificados 15 cheques no valor de 600 mil reais e 20
transferências no valor de, mais ou menos, 900 mil reais. Mas como isso não
interessa a amplos setores da mídia, o que sai é uma notinha de pé-de-página em
letra miúda, Verª Canabarro, como aqueles contratos que são para o contratante
não tomar conhecimento. O povo já tem consciência disso, tanto que elegeu Lula
com uma espetacular votação. E agora no segundo Governo, certamente, com uma
participação mais ampla, nós iremos construir uma grande caminhada. Muito
obrigado, agradecendo ao Sr. Presidente pela paciência. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Eu solicito ao Ver. Dr. Goulart
que assuma a presidência dos trabalhos, para que este Vereador possa usar a
tribuna.
(O Ver. Dr. Goulart
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): O Ver. Luiz Braz está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. LUIZ BRAZ: Vereador-Presidente, Dr. Goulart; Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, senhoras e senhores, ao contrário do que dizem alguns Partidos e
algumas Lideranças, que se autodenominam de esquerda, os nossos Partidos - e eu
coloco o meu PSDB - não fazem nenhuma ação para que um determinado Governo não
dê certo, não colocam obstáculos indecentes, canalhas, para que um determinado
Partido não possa, realmente, cumprir com a sua missão de governar. Nós fazemos
tudo para que os Partidos eleitos, para que os Governadores eleitos, para que
as pessoas que vão assumir cargos possam, de todas as formas, ter os seus
desempenhos e fazer o melhor para as comunidades.
Eu não acredito que
essas pessoas que se autodenominam de esquerda acreditem que o melhor para a
sociedade é que, com o dinheiro público, se paguem, por exemplo, indenizações
indecentes para algumas pessoas que apenas se diziam pertencer a alguns
Partidos que enfrentaram aquela chamada ditadura militar, Ver. Elói Guimarães,
e, por pertencerem a esses Partidos, votaram para si indenizações altas que
enriqueceram algumas pessoas. Eu tenho um caso aqui, Ver. Cassiá Carpes: o Dr.
Fúlvio Petracco ganhou uma indenização de 1 milhão e 200 mil reais, mais 10 mil
reais até o fim de sua vida e mais participações nos lucros da Petrobras. Há
outras indenizações deste mesmo naipe, que não são nem divulgadas, porque são
indecentes demais.
Eu não acredito que essas
pessoas que se autodenominam de esquerda possam defender esse roubo que se faz
à sociedade brasileira, porque isso é um roubo!
Eu não vi essas
pessoas que se autodenominam de esquerda falarem qualquer palavra com relação
aos 2 bilhões que foram transferidos para as contas do Duda Mendonça no
Exterior, que não foram resgatados, e sobre os quais não há uma só ação dentro
do Governo Federal! Uma só ação dentro do Governo Federal para que esse
dinheiro possa retornar para a sociedade brasileira, porque esse dinheiro
pertence à sociedade brasileira. Esse dinheiro foi distribuído para pessoas
vinculadas ao Governo do Sr. Lula da Silva.
E eu não vejo, Ver.
Elói Guimarães, nenhuma palavra dessas pessoas que se autodenominam de esquerda
para que, realmente, essa roubalheira, que é patrocinada por eles mesmos, possa
ser sanada, possa parar. O que eu ouvi ontem, por exemplo, do Ver. Todeschini,
foi uma cobrança, aqui desta tribuna - mais de um mês antes de a Governadora
assumir o Piratini - de que ela não está cumprindo com o seu programa de
Governo! Mas falta mais de um mês para ela assumir! E ele vem aqui e diz que
ela não está cumprindo com o seu programa de Governo!
O Ver. Adeli Sell
veio aqui a esta tribuna hoje e quer colocar sobre a Governadora eleita o ônus
das declarações feitas pelo Vice-Governador. Ouvi, hoje, claramente, a
Governadora eleita, Deputada Yeda Crusius, dizer que, por enquanto, antes de o
Vice-Governador assumir, ele fala ainda como empresário. Ele não está falando
como Vice-Governador, porque ele não é o Vice-Governador; ele fala como
empresário, então, ele não tem como, ainda, na verdade - e nem poderia -,
contrariar aquilo que foi o plano de Governo, muito bem exposto pela Deputada
Yeda Crusius quando candidata ao Governo do nosso Estado.
E, por fim, Sr.
Presidente, eu gostaria que todos os brasileiros, todos os Partidos, em vez de
ficarem fazendo esses fuxicos para que o seu Partido se fortaleça e possa
lucrar cada vez mais - porque é o que eles fazem sempre, eles querem lucrar
cada vez mais, fortalecer os seus Partidos -, pudessem cerrar fileiras para nós
todos ajudarmos a resolver os problemas que estão aí e que fazem com que nós
tenhamos um salário mínimo ruim, que fazem com que nós não tenhamos emprego.
Não adianta ficar mentindo para a imprensa, dizendo que foram criados sete
milhões de empregos! E quantos empregos foram extintos? Ninguém fala!
Eu não acredito que,
com mentiras, nós vamos construir alguma coisa; com mentiras ou com essas
estratégias para só se autofortalecerem, não acredito que nós vamos conseguir
fazer alguma coisa assim. E eu não acredito que essas pessoas realmente fiquem
com a consciência tranqüila, quando chega a hora de deitarem sua cabeça no
travesseiro, com as atitudes que têm apenas visando a si mesmos e a seus
Partidos, e não visando a uma melhor sociedade. Eu não acredito nisso. Eles
continuam se autodenominando de esquerda, mas acho que são de esquerda porque
roubam com a mão esquerda. Porque o que eu vi até agora não justifica que
possam se colocar no campo da decência, que é o campo onde todos nós devemos
estar. Não fazemos favor nenhum em nos colocarmos nesse campo. E eu convido a
todos para que nós estejamos nesse campo da decência, para que juntos possamos,
realmente, encontrar as soluções para os problemas da nossa sociedade.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr.
Goulart): O Ver. Haroldo de Souza está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. HAROLDO DE
SOUZA: Sr. Presidente, Vereadoras e Vereadores, volto pela
segunda vez ao Plenário hoje, despertado que fui, lá no meu gabinete, pelo Ver.
Adeli ou o Ver. Todeschini, que focalizaram o assunto. (Lê.): “Feijó elege..”
Não, Feijó não elege coisa nenhuma. Para começo de conversa, eu falei uma vez
só com Feijó, que é Vice-Governador do Estado. Uma vez! Acompanho a trajetória
do cidadão Feijó. Não tem ainda nenhuma formação política para ter moral para
falar mal do Rigotto. É aquela história do pato novo que não deve mergulhar
fundo, deve ficar - sabe como é? - numa boa, com sinceridade. Vocês são
testemunhas aqui do que eu penso a respeito da mulher no Governo, eu sempre
torci pelas mulheres. Não é demagogia. É pela incompetência dos homens ao longo
da história do Brasil, que remonta desde a época dos índios e chegando até
aqui, a irresponsabilidade masculina no trato com a coisa pública. De vez em
quando aparece um político legal, um homem e tal. E diante desse desespero de
não conseguir a solução dos problemas do País, na mão de nós, homens, é que eu
torço pelas mulheres. Não votei numa mulher, neste ano, para a Presidência da
República porque não estava enquadrada na minha maneira de pensar. Mas eu torci
- depois que o Rigotto saiu da briga -, fervorosamente para a Yeda. E, estou
certo, porque se a Yeda for ouvir o homem, ela está ralada. Porque essa
história do Vice-Governador eleito, o Feijó, fazer agressões, críticas ao
Governo que passou... Que eu saiba, até hoje, o Feijó dirigiu a Federasul e nada
más. Numa boa. Aí, vem aqui falando... Ele não usou o termo privatizar, ele
usou um outro termo dizendo mais ou menos a mesma coisa... Companhia
Rio-Grandense de Artes Gráficas, Corag. Não, temos que continuar dirigindo isso
aqui! Companhia de Processamento de Dados do Estado, a Procergs, mas como tirar
do Governo e passar para terceiros? Instituto Rio-Grandense do Arroz - mas o
que é que o Feijó quer? Ó, eu estou com medo desse cidadão como Vice-Governador
do Estado! Numa boa, na hora em que a Yeda sair do Palácio Piratini, tiver que
viajar para fazer alguma coisa e esse cidadão assumir a cadeira de Governador
do Estado do Rio Grande do Sul... São preocupações de um Parlamentar. Mas
quando chego aqui vejo também a Ceasa! Mas como? Mas, espera aí! Ele pode não
estar falando em nome da Governadora eleita do Estado do Rio Grande do Sul, a Sra.
Yeda Crusius, mas ele está falando como Vice-Governador eleito do Estado do Rio
Grande do Sul! Não vem me contar essa história! Não! Quando a gente fala, eu,
por exemplo, quando falo aqui, agora, como Vereador, e à noite, ou a qualquer
momento, quando estiver com outro microfone na frente, estarei falando como
jornalista. Ele está falando como Vice-Governador eleito do Estado do Rio
Grande do Sul, porque não tem Vice-Governador de dia e de noite não, ou de
noite sim e de dia não, não tem! Ele é Vice-Governador eleito do Estado do Rio
Grande do Sul e por isso deve medir as suas palavras para não complicar
exatamente a administração da mulher.
Então, a sorte do Rio
Grande do Sul, no meu entendimento, é que eu estava certo há cinco, seis, sete,
oito, dez anos, quando eu comecei a pensar que é a mulher quem vai resolver os
nossos problemas. Porque imaginem se fosse um homem no Governo Piratini com um
Vice do estilo e da estirpe do Feijó! A Yeda vai ter que dar um breque, vai ter
que saber como administrar, ver como ela faz! Porque ela mesma disse: “Eu sei o
que fazer”. Eu espero, sinceramente, que a Yeda saiba o que fazer com o seu
Vice-Governador! Conforme o Vice-Governador eleito, Paulo Afonso Feijó, “a
proposta de publicizar” - esta é que é a palavra bonita; como eles gostam de
inventar termos bonitos na política: não é privatizar; é publicizar! - “esses
órgãos é individual, e não integraria, até o momento, as propostas do Governo
Yeda Crusius”. Então, eu acho que ele não é Vice-Governador do Estado! Que bom para
nós! Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): A Verª Neuza Canabarro está com a
palavra para discutir a Pauta.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Exmo Sr. Presidente Ver. Luiz Braz, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, eu estou aqui para discutir a Pauta. Confesso que
pela minha inexperiência no Legislativo, eu, já há vários dias, consulto,
consulto a Pauta e não sei o que discutir, dado o número elevado de “semana
disso”, “dia daquilo”! Até pensei, Ver. Todeschini, em elaborar um Projeto para
prorrogar em 12 semanas o ano civil! Porque é tanta “semana” e tanto “dia” que
nós, no Município de Porto Alegre, não vamos ter condições de adequar dentro
dos 365 dias!
Mas estou falando
isso até porque o Ver. João Antonio Dib, que me antecedeu, falava nessa
quantidade de Projetos, e nós vemos que há uma disputa, a cada ano, pela
quantidade: quanto maior o número de Projetos parece que melhor é o Vereador ou
o Deputado. E nós brigamos é pela qualidade, pela coerência, pela ética. Eu
digo que hoje estou extremamente magoada, sentindo inclusive que, depois dos 50
anos, com tanta ilusão, com tanto ideal, nós chegamos a um momento em que
achamos que realmente o Ver. João Antonio Dib tem razão: tem que diminuir o
número de Vereadores, e tem que ser por concurso! Por concurso! Quem é
competente vem e trabalha! Mas é extremamente difícil. Eu tenho procurado fazer
um trabalho extremamente correto. Na Pauta, eu tenho um Projeto sobre segurança
nas escolas. Tenho absoluta certeza de que nenhum Vereador vai dizer que é
desnecessário, que é uma bobagem o que está sendo colocado, dado, Verª Sofia, o
número de agressões, de assaltos que se tem nas escolas municipais e estaduais
de Porto Alegre.
A Sra. Manuela
d'Ávila: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da
oradora.) Verª Neuza Canabarro, obrigada pelo aparte. Só gostaria de registrar
que V. Exª está falando sobre o seu Projeto de segurança nas escolas, e,
paralelamente, corre o meu Projeto, que se chama Cipaves, que são comissões
internas de prevenção de acidente na área escolar. Eu gostaria de propor, em
público, que a gente tentasse unir os elementos positivos das duas propostas,
porque acho que também é interessante o que apresento, que sejam criadas
comissões para debater quais são as áreas de risco, quais os atos de violência
que acontecem, e que a comunidade seja envolvida para pensar soluções efetivas,
pois o que o que V. Exª coloca é uma verdade absoluta. A violência só cresceu
dentro e nos arredores do ambiente escolar.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Muito obrigada. É extremamente oportuna a sua
participação.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Verª Neuza, o Projeto de V. Exª está na Ordem do
Dia para ser votado, ele não está em Pauta. Eu pediria que, por favor, V. Exª
...
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Não há problema nenhum. Só estou falando, até
porque, olhando o Projeto, vou dizer o seguinte: nós temos que ter coerência.
Eu faço parte de uma base do Governo, e reclamava ao Ver. Garcia que nós temos
que ter esse diálogo, essa participação das pessoas. Qualquer projeto que se
tenha, e nós temos a rejeição, especificamente da base do Governo, das
lideranças do Partido do Prefeito, rejeitam, rejeitam, rejeitam... Mas que se
chame o Vereador, o colega, e que se diga: “Vamos aperfeiçoar. Olha, isso aqui
não serve”. Quantas vezes, Verª Sofia, nós vemos projetos de inclusão no
currículo escolar? Outro dia, eu via um Vereador dizendo que incluiu uma
disciplina. Então isso não cabe.
O Sr. Carlos
Todeschini: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da
oradora.) Obrigado pelo aparte, Verª Neuza. Corroboro com sua manifestação,
inclusive na CCJ nós demos Parecer favorável ao seu Projeto, porque ele se soma
ao Projeto da Verª Manuela e a outro Projeto também, que é das ações integradas
de Segurança pública, porque ele trata de atacar o principal problema que
aflige a juventude e as nossas comunidades. Obrigado.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: De nada. Em relação às nossas comunicações, nós
estivemos na Secretaria da Saúde - o Ver. Sebenelo, o Ver. Nedel e eu - fazendo
um apelo para que várias providências fossem tomadas. Fizemos diretamente ao
Secretário, porque a situação na área da Saúde está-se tornando insustentável.
E nós, da Comissão de Saúde, tivemos o cuidado, até por ética, de não levar a
imprensa, de não levar assessor, de não mandar nenhuma nota para jornal; mas
aqui é o fórum onde temos que discutir. Nós, para colaborarmos com este
Governo, temos que ser parceiros com as contribuições.
Eu gostaria agora de
ocupar o meu período de Liderança.
A SRA. NEUZA
CANABARRO: Aqui se falou hoje em relação a essas
circunstâncias que antecipam a posse do Presidente Lula, da Governadora eleita,
e sobre quem apóia quem. Eu, em determinado momento, disse: “Meu Deus, eu estou
na gaiola das loucas”, porque não se sabe mais quem é quem. E há algo que eu
disse ao Ver. Ervino, e repito: na minha idade, eu não me permito mais me
prostituir, vender-me ou seja lá o que for! Eu não admito. Eu tenho coerência,
eu tenho um passado e vou por ideal.
Então, nós
precisamos, neste momento, vejam bem, fazer uma profunda reflexão sobre o que
nós queremos. Nós estamos passando para a população de Porto Alegre, do Rio Grande
do Sul e do Brasil, só aquilo que é bonito, só aquilo que serve? A situação é
gravíssima, e nós, aqui, Vereadores, temos moral para criticar os Deputados que
fazem A ou B, quando nos trocamos por um prato de lentilha, por uma galinha,
por não sei mais o quê? Não, nós temos que ter coerência. Eu não aceito
proposta indecente e indecorosa! Nós aqui estamos para defender os interesses
do Município, queremos ajudar o Prefeito Fogaça, mas ninguém consegue ajudar
quem não quer ser ajudado! Agora, nós temos que ter muito cuidado com as
eminências pardas dos Governos, as eminências pardas trazem o profundo
prejuízo. E eu tenho a coragem de dizer tudo isso, porque em dois anos como
suplente nunca me amordaçaram, não vai ser agora, que o mandato é meu, Ver. Luiz
Braz, que vão me amordaçar; e não é agora, eu já era assim. Uma coisa que eu
tenho orgulho de dizer é que eu saio de uma escola de um político extremamente
coerente, que não se dobra por negociata, que votou no Aldo Rebelo, que votou
no Lula e no Olívio, por quê? Por coerência, porque, quando está tudo uma
mixórdia, ele fica com a esquerda, e quando me disseram: “Mas tiveram coragem?”
Sim, tivemos coragem! Por que tivemos coragem? Porque tudo aquilo que nos
fizeram foi de muito sofrimento. Mas quando se vê na história do Brasil, quando
Prestes foi jogado em uma cadeia por Getúlio Vargas, teve a sua mulher presa e
entregue para a Gestapo, e a sua filha nasceu lá no campo de concentração; e
quando saiu da cadeia, o que fez Prestes? Prestes veio ao lado de Getúlio,
porque o principal era o quê? Eram as causas maiores do trabalhador, do povo do
brasileiro. E nós sabemos que há corruptos e corruptíveis; agora nós não nos
encontramos nessa, nem um e nem outro, somos incapazes de aceitar qualquer
proposta de corrupção, porque nós marchamos pelos nossos ideais e este é o
único legado que vamos deixar aos nossos filhos.
Eu tenho a minha
coerência e espero, Ver. Haroldo, que a Governadora faça tudo aquilo que
prometeu, porque ela assinou o Pacto! Ela aceitou o Pacto! O único candidato
que não assinou foi Alceu Collares. Agora ela pede um ano - Collares pediu 100
dias e não deram -, tomara que dêem um ano e ela acerte. E ela tem muita coisa
para acertar, mas nós vamos estar vigilantes para que acerte na Educação e o
compromisso de recuperar o salário tem de ser atendido, não é mais possível nós
termos um professor ganhando miseráveis 300 reais.
Eu acredito na
mulher, acredito porque a mulher é mais difícil de se corromper, é mais
corajosa, a mulher é como uma fera quando pega uma bandeira e vai atrás, eu
confio. E desejo que o Presidente Lula faça um grande Governo, porque nós temos
de aceitar a vontade do povo, e 60% é uma expressiva votação, é um voto de
confiança que pesa sobre os seus ombros a grande responsabilidade desse segundo
mandato. Nós desejamos que tanto Presidente Lula, assim como a Governadora,
acertem. Agora precisamos ter coerência, porque essa questão de só fazer
brilhatura e sai uma coisa para a imprensa e por baixo do pano outra, eu não
aceito. Muito obrigada. (Palmas.)
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Professor Garcia está com
a palavra para discutir a Pauta.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, vários Projetos hoje em andamento, mas eu quero fazer alguns
comentários, inclusive, sobre o que disse o Ver. João Antonio Dib. O Ver. Elói
Guimarães está propondo a instituição do Prêmio Santos Dumont a ser concedido,
anualmente, a integrantes ou ex-integrantes da Aviação Civil ou Militar, e a
pessoas vinculadas diretamente à Aeronáutica. Eu acredito que nós não temos,
nesta Casa, nenhum prêmio específico para este caso, mas eu quero dizer que nós
protocolamos o pedido para formação de uma Comissão que possa sistematizar
todos os prêmios aqui da Casa. Este Vereador entende que nós temos, hoje, mais
de 80 prêmios que podem ser concedidos das mais diferentes formas, alguns por
exigência de Bancada, alguns por iniciativa do próprio Vereador, mas muitos
prêmios são similares. Por exemplo, na minha área, a do Esporte, nós temos,
mais ou menos, de 10 a 12 prêmios aqui nesta Casa, Ver. Cassiá. Então, este
Vereador está propondo que seja feita uma sistematização, enxugar, por área, o
que vai facilitar e qualificar os diversos prêmios fornecidos aqui da Casa.
Inclusive, os homenageados comentam: “Eu vou ganhar um prêmio que é entregue
para 10, 12, ao mesmo tempo”. Cada Vereador pode propor a entrega de 15, 20
prêmios, como nós já tivemos alguns casos. Então, eu entendo que isso vai
facilitar e muito a vida. Então, esperamos que, o quanto antes, a Mesa da Casa
conceda a formação dessa Comissão de sistematização para rever todos os prêmios
que são oferecidos aqui na Casa.
Também quero comentar
o Substitutivo do Ver. Brasinha ao Projeto de Lei do Ver. João Carlos Nedel –
que foi polêmico -, que não permite que se fume nos estabelecimentos fechados.
O Ver. Brasinha está propondo que se possa fumar em ambientes de até 40 metros
quadrados. Mas vimos o Parecer da Casa que cita que V. Exª está propondo a
alteração de uma Lei Federal, e a Legislação prevê que uma lei menor não pode
substituir uma Lei Maior.
(Aparte
anti-regimental da Verª Maristela Maffei.)
(Aparte
anti-regimental da Verª Maristela Maffei.)
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Não, Vereadora, escute-me, nós podemos fazer este
diálogo ali da tribuna, eu lhe dou um aparte, acho que até é bom para o
enriquecimento. O Vereador está propondo uma alteração na Lei Federal, e a
nossa Lei é Municipal, e, pelo princípio de hierarquia, uma lei menor - e a do
Município é menor - não pode se sobrepor a uma Lei Federal. Agora, nada impede
que determinadas iniciativas possam ser feitas.
Eu, com muito
orgulho, digo que em 2000 propus uma Lei, que na época diziam ser inviável,
determinando o cadastro único dos telefones celulares pré-pagos. Aquela Lei foi
discutida e aprovada em Porto Alegre. As operadoras entraram com uma Ação, e o
Ministério Público e o Procon disseram que era uma Lei Municipal e que iria
viger. Lembro-me que seis meses depois o Senador me telefonou, e observem que a
Lei Municipal e a Lei Federal - que foi aprovada quase três anos depois - são
idênticas. Então, isso quer dizer que nós podemos tomar a iniciativa, só que já
há uma Lei Federal, e naquela época não existia a Lei, tinha uma vacância.
Então, só temos que
ter esse cuidado, mas eu acho que temos que discutir nesta Casa este assunto,
porque está perturbando quem trabalha em estabelecimentos como bares noturnos,
restaurantes. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Obrigado, Ver. Professor Garcia.
O Ver. João Carlos
Nedel está com a palavra para discutir a Pauta.
O Sr. Haroldo de
Souza: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Eu não entendi, V. Exª falou que em algum lugar o fumante é punido
quando sai do trabalho para ir fumar, no fumódromo?
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Exatamente.
O Sr. Haroldo de
Souza: Mas, como assim?
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Na Itália.
O Sr. Haroldo de
Souza: Mas V. Exª não vai querer isso aqui?
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Não. Absolutamente! Isso é na Itália. Ainda não me
elegi Senador pela Itália.
O Sr. Elias Vidal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, eu acho
que deveria ser descontado do salário do indivíduo que sai do trabalho para
fumar, porque, muitas vezes, o indivíduo deixa de produzir na empresa, ele
adoece fumando, ele dá menos retorno, muitas vezes, para firma. Então, saindo
do recinto do trabalho para fuma,r deveria ser descontado do salário, sim, eu
concordo. Eu discordo do Ver. Haroldo de Souza. Deveria descontar do salário,
das férias, do décimo terceiro, de tudo o que tem direito. Tem que descontar,
porque deixar de trabalhar para estar fumando num horário de trabalho...
O SR. JOÃO CARLOS
NEDEL: Vereador, este é um aspecto da Legislação
Trabalhista que nós também aqui, Ver. Brasinha, não podemos legislar. Mas nós
temos dois Deputados eleitos aqui, na área Federal, a Verª Manuela e o Ver.
Ibsen, que poderão então, em nível Federal, legislar sobre Leis Federais e
sobre assuntos trabalhistas.
Mas o que nós
queremos é realmente proteger a saúde.
A Verª Neuza esteve aqui e falou
sobre a Saúde de Porto Alegre. Todas essas dificuldades ocorrem porque faltam
recursos. As pessoas continuam adoecendo cada vez mais, e grande parte pelos
malefícios do fumo. Então este Projeto irá proteger a saúde de toda a
população. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Carlos Comassetto está com a palavra em
Tempo Especial, para fazer o relatório de sua participação na Oficina da
FRENAVRU na Região Oeste do Rio Grande do Sul.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; prezados colegas
Vereadores e Vereadoras, prezado público que nos assiste, o Relatório é de uma
atividade que coordenamos da Frente Nacional dos Vereadores pela Reforma Urbana
e, também, a convite da Câmara de Vereadores do Alegrete e Região. Foi realizada
uma Oficina, no último dia 17, para a discussão e capacitação dos Vereadores e
Assessores das Câmaras de Vereadores da Região, onde houve a participação de
colegas Vereadores de Uruguaiana, Rosário do Sul, sobre o tema da elaboração
dos Planos Diretores.
Todos nós sabemos
que, no último dia 10 de outubro, venceu o prazo legal, conforme o Estatuto da
Cidade, para que todas as cidades já tivessem aprovados os seus Planos
Diretores. Todas as cidades com mais de 20 mil habitantes, todas aquelas que
são áreas turísticas e todas aquelas onde estão ocorrendo obras de grande
impacto. E aquelas que já possuem o Plano Diretor deveriam também ter elaborado
as suas revisões. No caso específico nosso, de Porto Alegre, a própria Lei já
determinava que no início de cada gestão deveríamos fazer esta revisão.
Estamos, inclusive, no aguardo do documento, aqui, por parte do Executivo, para
adequar a esses seis anos de vida que já tem o nosso Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental.
Ver. Luiz Braz, o
importante nesses debates com colegas Vereadores de outras cidades do Rio
Grande do Sul é o conjunto de dúvidas que surgem a respeito do tema do
Planejamento. Na verdade, é um momento ímpar para os Legislativos, porque, com
o Estatuto da Cidade, a obrigatoriedade passou a existir e é responsabilidade
também das Câmaras de Vereadores. E, a partir de agora, os Planos Diretores têm
de ter a nova visão de ser um plano estratégico de desenvolvimento e não
somente um plano que determine o tamanho de ocupação do lote, a altura dos
prédios, o recuo, mas, sim, determinar qual é o papel do Município na sua
região, no seu território. E, no caso desses Municípios que estão no corredor
de integração internacional, que é a BR-290, já é uma grande externalidade que
tem para ser tratada.
Também o tema dos
consórcios entre os Municípios. Normalmente os Municípios não estão discutindo
essa questão da complementariedade sobre os projetos de saneamento, tratamento
de resíduos sólidos, a questão do desenvolvimento complementar, e assim por diante.
Também a questão de tratar o seu território urbano e também o seu território
rural. Lá, no Alegrete, mesmo, foi feito o Plano Diretor, onde se tratou só do
território urbano; não se tratou do território rural, na identificação que foi
feita com esse debate.
Portanto, esse
momento ímpar que os Legislativos Municipais estão vivendo a respeito do
planejamento das cidades é um momento de valorização.
E aqui tem uma outra
discussão, que temos feito com o Ministério Público, porque todo aquele
Município que não fez a sua revisão, e, ou, não fez a sua elaboração, poderá
incorrer em improbidade administrativa, conforme o art. 52 do Estatuto das
Cidades. O que o Ministério Público tem dito? A Drª Karin, que coordena esse
debate no Rio Grande do Sul, diz que aqueles municípios que não fizeram nenhum
movimento para construí-lo, os seus prefeitos e as Câmaras de Vereadores
poderão incorrer na improbidade administrativa; mas naqueles em que já existe o
processo, que existe uma disposição de construir, é claro que se leva em
consideração o princípio da disposição para realizar, enfrentar e resolver os
problemas.
Portanto, Sr.
Presidente, quero dizer que levei esta discussão, a mensagem da Câmara de
Vereadores de Porto Alegre, e o exemplo que temos aqui na Cidade como a
primeira capital brasileira que trabalhou com o tema do planejamento e teve o
seu primeiro Plano Diretor, e, ao mesmo tempo, registro aqui a disposição e o
aguardo que temos todos aqui na Casa para iniciarmos de imediato o debate da
revisão do Plano Diretor e Desenvolvimento Urbano e Ambiental da nossa Capital.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Obrigado. Passo o Relatório do Ver. Carlos
Comassetto para a Mesa.
A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu queria trazer a esta tribuna duas questões que são extremamente
relevantes nas atuais circunstâncias da nossa sociedade, porque são temáticas
modernas, sobre as quais, infelizmente, uma parcela significativa da nossa
sociedade e das nossas instituições ainda não está preparada para enfrentar.
Primeiro, eu queria
repercutir aqui uma ação extremamente positiva, realizada pelo Ministério
Público Federal, no que se refere aos crimes da Internet. Nós, infelizmente,
temos visto que as mesmas tecnologias que hoje são usadas para mobilizar as
redes positivamente, como, por exemplo, para divulgar as campanhas de direitos
humanos, a luta pela paz e as campanhas feitas para unificar as entidades da
sociedade civil na defesa dos processos democráticos, infelizmente são usadas
também pelo crime organizado; pelo tráfico, muitas vezes, de armas; tráfico de
seres humanos, tráfico de drogas e também para os fins ilícitos no que se
refere à utilização dos dinheiros públicos.
Nós temos visto que
todas as redes que trabalham com o mal, muitas vezes entram nas casas das
pessoas e exercem os crimes, como, por exemplo, o tráfico de seres humanos e a
pedofilia, sem que as famílias se dêem conta que as suas crianças e
adolescentes estejam à mercê desses crimes, que são crimes da modernidade. E,
muitas vezes, acontecem nas salas, nos quartos, em momentos em que as famílias
acham que as crianças estão seguras. E na verdade elas estão sendo aliciadas,
estão sendo violentadas, sem que os pais possam perceber que isso está
acontecendo, porque desconhecem esses instrumentos que são usados pelas
quadrilhas, que são feitos por pessoas doentes, por pessoas bandidas e que
ainda permanecem soltas pela falta de aprimoramento das instituições no combate
ao crime organizado via Internet. Acho extremamente importantes as campanhas de
alerta que estão sendo feitas pelos Ministérios Públicos Estadual e Federal, no
sentido de alertar a sociedade sobre o conjunto das responsabilidades que ela
tem de capacitar seus agentes da área da Segurança Pública, de orientar as
entidades da área de Saúde, da área da Educação e as famílias para os riscos
dos crimes da Internet, para os riscos de aliciamento, para os riscos da
pedofilia que hoje acontecem freqüentemente por intermédio da Internet. Acho
que isso é também um alerta às mães e aos pais, para que procurem se informar,
se apropriar dessas novas realidades que expõem as crianças do mundo inteiro,
que as fazem, muitas vezes, muito mais vulneráveis a pessoas com patologias,
que levam ao estímulo de doenças, e cito como exemplo as doenças alimentares e
que propiciam crimes de incentivo a suicídios ou que organizam vários assaltos
via esses instrumentos tecnológicos.
Então, Sr.
Presidente, concluo dizendo que é uma preocupação que todos nós, pessoas
públicas, temos que ter no sentido de incentivar a sociedade a se apropriar
destes conhecimentos na defesa das famílias, das crianças e do conjunto da
sociedade brasileira.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Obrigado, Verª Clênia Maranhão.
Solicito abertura do painel eletrônico para verificação de quórum, para
entrarmos na Ordem do Dia. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Vinte e seis
Vereadores presentes. Havendo quórum, passamos à
Pergunto aos Srs.
Vereadores sobre a proposta de votação para a Sessão de hoje.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Sr. Presidente, dentro da metodologia democrática,
de uma construção coletiva da nossa Pauta, eu peço a V. Exª a suspensão dos
trabalhos por dois minutos, para que não haja dúvida, em relação às Lideranças,
da ordem que entrará em votação.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Eu apenas lhe pergunto, Sr. Presidente, se o Regimento desta Casa
continua em vigor.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Regimento e as obrigações desta Casa continuam
em vigor.
A SRA. SOFIA CAVEDON
(Questão de Ordem): Sim. Então o
Regimento reza que, em um minuto e trinta segundos, é encerrado o painel. Em um
minuto e trinta, não havia 19 Vereadores. E aos Vereadores cabe utilizar o
Regimento e registrar ou não a sua presença. Isso é uma liberalidade do
Vereador.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Verª Sofia Cavedon, estavam aqui
Vereadores suficientes para que nós pudéssemos ter quórum, e uma das obrigações
que nós temos para com a sociedade é realizar as Sessões. Por isso este
Vereador manteve ainda, além do tempo necessário, o registro das presenças.
O SR. CASSIÁ CARPES: Sr. Presidente, eu só queria dizer que me parece que a Verª Sofia
Cavedon não queria participar desta Sessão. É o que eu entendi.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Vamos suspender a Sessão por
alguns minutos, para que as Lideranças possam estabelecer uma proposta de
votação. Estão suspensos os trabalhos da presente Sessão.
(Suspendem-se os
trabalhos às 17h15min.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz - 17h30min): Estão reabertos os
trabalhos.
Senhores Vereadores e
Senhoras Vereadoras, já chegamos aqui a um acordo. Quero dizer à Verª Sofia
Cavedon, que havia instado à Mesa em relação ao descumprimento do Regimento,
que vou ler para V. Exª o art. 158 do nosso Regimento (Lê.): “Anunciada a Ordem
do Dia, proceder-se-á à verificação do “quórum”, que deverá contar com a
presença mínima da maioria absoluta dos Vereadores, nos termos deste Regimento.
Parágrafo 1º:
Constatada a existência de ‘quórum’ para a instalação da Ordem do Dia, será
admitida a discussão com a presença de um terço dos Vereadores”.
Não existe,
Vereadora, na verificação do quórum para a Ordem do Dia, o tempo daquele minuto
e meio que está presente quando das votações.
Então, V. Exª, que
tinha acusado esta Presidência de ter ferido o Regimento, estava equivocada,
quando analisando o Regimento.
Proposta de votação,
de acordo com o que foi acertado pelas Lideranças. (PR nº 125/05, PLE nº
001/03, PLCL nº 022/06, PLL nº 220/05, PLCL nº 021/06, PLL nº 167/06, PLL nº
102/06, PLL nº 137/06, PLL nº 029/06, PLL nº 063/06).
O SR. HAROLDO DE
SOUZA: Sr. Presidente, eu gosto das coisas da maneira
mais transparente possível. Eu gostaria de aproveitar a presença do Presidente
aqui e solicitar que, a partir de hoje, não façamos mais reunião de Mesa com
Lideranças para que possamos acertar o que vamos discutir à tarde, porque isso,
para mim, já virou palhaçada! Fazemos a reunião de manhã e, à tarde, se faz uma
outra aqui, ou para confirmar o que foi dito de manhã ou então para mudar tudo
o que foi feito de manhã!
Há outras coisas a fazer. Vamos cancelar, então,
essas reuniões de Lideranças, que não estão resolvendo patavina nenhuma!
O SR. PRESIDENTE (Luiz
Braz): Eu sou obrigado a contrariar V. Exª com relação a
esse dado que V. Exª traz. Muitos acertos têm sido feitos nessas reuniões de
Mesa e Lideranças nas segundas-feiras pela manhã. Infelizmente hoje tivemos
algum problema de acerto entre as Lideranças, mas já foi solucionado.
DISCUSSÃO GERAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte)
3ª SESSÃO
PROC. N. 5244/05 -
PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 125/05, de autoria da Ver.ª Maria Celeste, que altera a
Resolução n. 1.178, de 16 de julho de 1992, e alterações posteriores, incluindo
art. 139-A e parágrafo único no art. 154, criando critérios para a utilização
da tribuna por ocasião do Grande Expediente e do comparecimento de autoridades.Com
Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela
inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. José Ismael Heinen: pela rejeição do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relator Ver. Raul Carrion: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM.
Relatora Ver.ª Neuza Canabarro:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- discussão geral nos
termos do art. 126, §1º, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do
Dia em 04-10-06;
- adiada a discussão por
duas Sessões.
O SR. PRESIDENTE (Luiz
Braz): Em discussão, em
3ª Sessão, o PR nº 125/05. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra
para discutir o PR nº 125/05.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver.
Goulart; Vice-Presidente, Ver. Luiz Braz; que tenho certeza de que foi pego de
surpresa, tanto quanto eu, e “salvo pelo gongo”; eu quero dizer que, até hoje,
nós sempre trabalhamos com o tempo de um minuto e meio para verificação de
quórum, para adentrarmos na Ordem do Dia. No entanto, agora, temos a indicação
de que poderemos ficar esperando uma hora para verificar presença, para
entrarmos na Ordem do Dia.
Com relação ao
Projeto de autoria da Verª Celeste, ela busca regrar a utilização da tribuna
para ocasião do Grande Expediente e do comparecimento de autoridades nesta
Casa, porque nós temos, aqui, práticas diferenciadas de tempo para determinadas
autoridades, dúvidas sobre quais autoridades devem ocupar esse tempo.
Pois, recentemente, nós tivemos a
presença, aqui, do Secretário Senna. E eu falava com o Secretário que eu achava
importante a vinda das autoridades municipais, uma vez que está bem complicado
nós termos retorno, por parte do Governo Municipal, das questões que a Cidade
nos pede para intermediar. Nós já estamos vendo que os Fóruns Regionais, os
CARs, os anunciados Comitês Gestores Regionais, Verª Clênia, não estão
funcionando. Numa reunião, falei com o Secretário Busatto sobre esse tema. São
inúmeras as demandas que chegam para os Vereadores de situações de toda ordem,
e nós não temos a quem encaminhar, não temos respostas, ou elas demoram muito
para serem respondidas.
E o Secretário Senna esteve aqui
falando sobre a Cidade Virtual, que o Prefeito Fogaça tem anunciado; aliás, com
propagandas caríssimas na televisão, com atores globais anunciando a bilhetagem
eletrônica para 2008, e eu quero que venham, aqui, falar dessa Cidade Virtual,
sobre os Portais Virtuais. Se a previsão é de que, em 2008, será instalada a bilhetagem
eletrônica, e a bilhetagem é pré-requisito para os Portais, imaginem quando
serão instalados os Portais.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Verª Sofia Cavedon, eu interrompo o tempo de V. Exª para dizer que nós
estamos discutindo, aqui, em 3ª Sessão, o Projeto da Verª Maria Celeste, e V.
Exª está falando em bilhetagem eletrônica. Eu acredito que o Projeto da Verª
Maria Celeste trata de outro tema, mas devolvo o tempo para Vossa Excelência.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Muito obrigada pelo
seu alerta, mas eu falava, aqui, da presença do Secretário Senna. Como o senhor
estava distraído, conversando com a DL (Diretoria Legislativa) e com o
Presidente Goulart, eu compreendo a interrupção e perdôo V. Exª. Vou retomar o
pensamento, falava do comparecimento do Secretário Senna nesta Casa, que é o
tema que a Verª Celeste tenta normatizar. O Secretário - naquele dia, fiz uma
solicitação a ele -, dizia que é importante o comparecimento, mas quero dizer a
vocês que nem a presença do Secretário resolve os problemas da Cidade. Dizia a
ele que estou há mais de seis meses solicitando que a EPTC analise o problema –
é um dos problemas –, do cruzamento da Rua Carazinho com a Av. Bagé, por
coincidência, na frente da minha casa, mas é um problema sério onde a Rua
Carazinho tem a sua mão preferencial interrompida numa descida, ali acontecem
muitos acidentes. Na semana passada, bateram um ônibus e um caminhão, quando
mais de vinte pessoas, que estavam dentro do ônibus, tiveram que ser levadas ao
Hospital de Pronto Socorro. E o Secretário dizia: “Está aqui o meu Diretor de
Transporte, já vamos resolver”. Eu não sei quantos e-mails eu já mandei,
quantas vezes solicitei, porque ali é uma simples medida de mudança, de uma
quadra para outra, de uma sinaleira. A sinaleira que está na quadra seguinte
não tem necessidade. E, naquele dia, falamos com o Sr. Wilmar, Diretor de
Trânsito, que não tomou providências. Uma semana depois, teve uma batida que
envolveu um ônibus e um caminhão, derrubou um poste, havendo ônus para o
erário, porque era madrugada, e estavam retomando o poste, pessoas poderiam ter
morrido. Então, eu estou achando que os comparecimentos na Câmara, nem com a
presença dos Secretários, no Legislativo - que, às vezes, é a última instância
que a população busca para resolver problemas mínimos, porque a relação dos
Comitês Gestores nas regiões não está resolvendo - tem resolvido os problemas
da Cidade. E o trânsito é um dos problemas sérios, ali é uma solução simples,
não tem, pura e simplesmente, resposta do Secretário, por mais que uma
Vereadora da Capital interfira, solicite e, na própria Câmara, inquira o
Secretário. Então, Verª Celeste, acho que é bom normatizar, sim, porque eu acho
que nós vamos ter que estar chamando sempre os Secretários aqui para tentar ver
se o Prefeito Fogaça enxerga que o seu Governo está ausente dos problemas da
Cidade.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Encerrada a discussão do PR nº
125/05.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 0050/03 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 001/03, que revoga a Lei nº 5.311, de 13 de
setembro de 1983. (denominação/Praça Jorge Donário Machado)
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. João Bosco Vaz: pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relatora Ver.ª Manuela d'Ávila: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 01-11-06.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em discussão o PLE n.º 001/03.
(Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o PLE nº 001/03.
O SR. ADELI SELL: Meu caro Presidente Braz, colegas Vereadores, colegas Vereadoras, nós
temos aqui uma discussão sobre a questão das praças. Nós podemos nominá-las,
nós devemos nominá-las, nós devemos, inclusive, trocar nomes, revogar leis. É
difícil aqui revogar uma lei que estabelece nome de uma rua, de um equipamento,
de uma praça. Nada contra isso, absolutamente nada contra isso. Nós precisamos,
sim, antes de mais nada, é que, nas praças, as denominações estejam visíveis.
Acho que nós seremos obrigados a criar aqui, Ver. João Carlos Nedel, que é expert
no assunto, algo que normatize o local, a forma e a exposição de placa ou de
algum totem que denomine as praças, porque você está num bairro, numa região em
que se deu o nome da praça aqui, mas você não chega nesse local, porque não tem
indicação, não tem o nome visível em lugar nenhum. Então, isso nós precisamos
fazer. Eu quero alertar sobre essa questão. Além de tudo, não é preciso dizer
que, antes de dar ou mudar nome de praça, nós precisamos cuidar da sua limpeza,
da sua arrumação. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Carlos Todeschini está com
a palavra para discutir o PLE nº 001/03.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, também tenho uma opinião muito parecida com a do Ver. Adeli Sell,
estamos aqui discutindo a mudança do nome de praça, mas o problema é que as
nossas praças estão sujas, abandonadas e tomadas pelo lixo e pela escuridão.
Isso é muito grave. Esta semana mesmo, nós tivemos, na CEDECONDH, um episódio
em que uma comunidade ali do (bairro) Partenon procurou a Comissão, porque hoje
o posto de saúde ocupa uma área embaixo de uma creche e, por incrível que
pareça, toda a equipe profissional – médicos, psicólogos, assistentes sociais,
auxiliares, enfermeiros, todos, absolutamente todos –, esteve na Comissão, porque
fizeram um pedido à Secretaria de Meio Ambiente, inclusive o próprio Secretário
de Saúde pediu para a Secretaria do Meio Ambiente a desafetação de uma pequena
parte da praça para que a civilidade tome conta de uma área que já está
praticamente perdida ou abandonada, para a instalação de um posto de saúde. E a
insensibilidade do Governo em relação a esse tema é muito grande, infelizmente,
porque não consegue se dar conta que não está cumprindo o dever de zelar pelo
patrimônio público. São comuns as denúncias de violência, de habitação de
pessoas que fazem ali tráfico, fazem consumo de drogas e outras coisas. E tudo
corrobora com o abandono, a falta de iluminação e o acúmulo de lixo. Estava a
assessora da Verª Sofia, há pouco, demonstrando, com fotos gritantes, as
montanhas de lixo plástico, Ver. Nedel, o senhor que é da Comissão de Meio
Ambiente. Nós não podemos admitir isso: áreas verdes, áreas de praças que estão
em precariíssimas condições, servindo para a marginalidade e para o vandalismo.
Portanto nós queremos,
sim, discutir assuntos relevantes, mas, antes, que se faça o dever de casa;
antes, que o Governo cumpra com suas obrigações de cuidar dos espaços públicos,
em especial dos espaços para fruição e lazer, que são as nossas praças. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com
a palavra para discutir o PLE nº 001/03.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, este Projeto de Lei do Executivo é de 2003 e revoga a Lei nº 5.311,
de 13 de setembro de 1983. Por essa Lei foi denominada Praça Jorge Donário
Machado um logradouro público. Essa Lei foi sancionada por mim como Prefeito e,
se eu sancionei a Lei como Prefeito, é porque ela estava certa. Admito que a Prefeitura
possa fazer alguma mudança e buscar outra solução para a área. Essa era área de
praça e teria que ser desafetada. Também não se pode simplesmente tirar o nome
de alguma pessoa que foi homenageada, que eu não lembro quem seja, até porque
não está colocada aqui a Lei e a Exposição de Motivos que deu origem ao nome.
Eu acho que nós não podemos revogar o nome de uma praça sem dar ao homenageado
um outro local, pois isso seria uma forma de desatenção para com seus
familiares, para com seus amigos e para com a própria Casa do Povo de Porto
Alegre, que, num determinado dia do ano de 1983, entendeu que era legal,
regimental e orgânica a denominação de Jorge Donário Machado a uma praça.
Eu acho que nós não
podemos revogar o nome sem prestar homenagem a essa pessoa num outro local. E,
se era praça, e vão usá-la para outra atividade, é preciso que haja uma
desafetação e não acompanhe o fato. O Prefeito João Verle, quando mandou esse
Projeto, não informou corretamente. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Carlos Comassetto está com
a palavra para discutir o PLE n.º 001/03.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente dos trabalhos, Ver. Luiz Braz;
colegas Vereadoras e Vereadores, prezados senhores e senhoras que participam aqui
desta Sessão, apreciando o Projeto que estamos discutindo, observamos que este
é um Projeto que veio a esta Casa ainda no ano de 2002, em dezembro, e estamos
em dezembro de 2006. Portanto, esse Projeto já está há quatro anos tramitando
aqui na Casa. E a consideração feita é em relação à utilização daquele espaço
público municipal. Eu acho que nós temos aqui que fazer uma distinção, Ver.
João Antonio Dib; nós não estamos discutindo aqui o nome, a pessoa que foi
homenageada com essa praça, que é o Sr. Jorge Donário Machado, não é essa
discussão. A discussão é a utilização da área com a finalidade pública. Se o
Executivo Municipal mandou aqui para esta Casa um Projeto que foi ainda da
outra gestão, esse já tramitou dois anos nesta atual gestão, e se mantém a
mesma disposição, isso quer dizer que a destinação daquela área, que está
gravada, segundo as informações que temos, com o interesse de se constituir ali
uma escola, bem, eu creio que nós devemos aceitar essa possibilidade e, ao
mesmo tempo, Ver. Nedel, honrarmos a homenagem feita ao Sr. Jorge Machado, ou
seja, indicarmos o seu nome para uma outra atividade, um outro logradouro
público.
Eu acho que não temos
que fazer aqui essa disputa entre o homenageado e o destino daquela área
pública que foi apresentada. Portanto, revogaram a Lei n.º 5.311 de setembro de
1983, uma Lei constituída há 23 anos. E a Cidade evoluiu, evoluiu no sentido de
sua ocupação, de sua urbanização, e a revogação pretendida se faz necessária,
tendo em vista que a Resolução n.º 1.420, de 07 de maio de 1992, eliminou a
reserva de praça denominada Praça Jorge Donário Machado.
Ver. João Antonio
Dib, eu creio que nós temos que fazer justiça justamente com o homenageado,
porque aquela área não é mais praça! Já há uma Resolução, a Resolução n.º
1.420/92, que já determinou que aquilo não é mais praça, mas o nome do Sr.
Jorge Donário continua lá e o logradouro ainda continua sendo denominado de
praça. Portanto, nós temos uma dívida com o homenageado, pois estamos dizendo
que ele está sendo homenageado, em vista de seu nome denominar uma praça que
não é mais praça!
O Sr. João Antonio
Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Nobre Ver. Carlos Comassetto, para que deixasse de ser área de praça, teria que
haver desafetação, e eu não vejo, no Processo, que tenha acontecido a
desafetação. A Resolução do Plano Diretor pode valer depois da desafetação.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Basta lembrar que esta Resolução está sob a luz do
Plano Diretor anterior, de 1979, e não do atual; o atual Plano Diretor nós
aprovamos...
O Sr. João Antonio
Dib: Tinha que desafetar... Isso é do meu tempo, o outro
também é do meu tempo, tinha que desafetar também.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Claro. Nós aprovamos o atual Plano Diretor em 1999,
mais precisamente em 23 de dezembro de 1999, e ele passou a vigorar a partir de
março do ano 2000. Portanto, a documentação apresentada aqui passou pelas
instâncias desta Casa, inclusive pela Procuradoria, e passou pela Comissão de
Constituição e Justiça. O que diz a Procuradora Marion Marrone Alimena? Diz o
seguinte (Lê.): “Vem a esta Procuradoria parecer prévio do Processo” - que
estamos discutindo - “que revoga a Lei n.° 5.311, de 3 de setembro de 1983. Não
há impedimento de ordem jurídica à tramitação da matéria”. Eu tenho que me
pautar pelos documentos legais que estão anexados ao Processo. Essa discussão a
respeito da legalidade, que o senhor traz, eu creio que está extemporânea, e a
Comissão de Constituição e Justiça - o autor foi o Ver. Juarez Pinheiro -
também deu Parecer pela aprovação do Projeto. E a Comissão de Constituição e
Justiça aprovou por unanimidade o Parecer pela revogação da Lei n.° 5.113.
Portanto, Sr.
Presidente, para concluir minha exposição, eu trago estes argumentos, para que
venhamos a votar este Projeto do Executivo que tramita por esta Casa para
corrigir, segundo as justificativas, um desacerto sobre a ordem de que foi
desafetada a área, que não é mais praça, mas que continua com o nome daquele
senhor, lá, estando escrito “praça”. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Obrigado, Vereador.
A Verª Clênia
Maranhão está com a palavra para discutir o PLE n.° 001/03.
A SRA. CLÊNIA
MARANHÃO: Sr. Presidente, eu vou ser rápida porque nós
estamos discutindo um Projeto extremamente simples e temos muitos
Projetos importantes já pautados para votarmos ainda no dia de hoje. Mas eu não
poderia deixar de vir aqui para, primeiro, dizer ao Ver. Todeschini, que fez
uma crítica a um Projeto que faz uma modificação da praça para se conectar com
uma área educacional – portanto, um espaço extremamente importante -, que ele
não leu o Processo. O Processo foi encaminhado a esta Casa pelo João Verle,
Prefeito do seu Partido. Então, vamos fazer uma crítica quando ela tem
conteúdo, senão fica uma crítica partidarizada, que desqualifica o debate
político do Plenário.
Quanto à crítica
absolutamente injusta que ele faz com relação às políticas públicas da
Prefeitura de Porto Alegre referentes às praças e parques, é exatamente o
contrário do que tem dito o Vereador, há uma priorização da Secretaria de Meio
Ambiente em relação à preservação dos espaços urbanos desta Cidade, aos morros
desta Cidade. Aliás, está fantástica a nova agenda que nós recebemos, a agenda
ambiental de Porto Alegre, em que são destacados exatamente os morros
maravilhosos que tem esta Cidade. Em relação aos parques e às praças, eu queria
inclusive reforçar o convite que já chegou para o Vereador para que ele vá,
amanhã, na Prefeitura de Porto Alegre, quando o Prefeito José Fogaça e o
Secretário do Meio Ambiente, o ambientalista Beto Moesch, vão lançar a nova
sistematização referente às políticas de praças e parques. Eu queria dizer que
é tão interessante essa legislação que está sendo construída, inclusive com os
conselhos da própria comunidade, em que eles serão partícipes da decisão,
trabalharão desde a fase do planejamento, da execução e da avaliação de cada
etapa do processo.
Então, eu acho que
realmente é interessante ler, Vereador. Está na imprensa, está na página da Prefeitura,
e amanhã vai haver um ato que eu proponho que ele acompanhe para poder fazer,
efetivamente, uma crítica, se for preciso, mas uma crítica em cima do
reconhecimento de um avanço enorme que tem tido esta Cidade na área da política
ambiental.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para um
Requerimento.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB (Requerimento): Sr. Presidente, eu
gostaria de requerer que fosse adiada, por uma Sessão, a discussão do PLE n.º 001/03,
porque eu gostaria de solicitar ao Arquivo o Projeto de Lei que deu nome a essa
praça, e também as razões por que isso aconteceu. Porque várias diligências
foram solicitadas ao Executivo, e não foram respondidas. Portanto, os
Vereadores não têm condições de, com tranqüilidade, votar.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Eu peço que, por favor, a Diretoria Legislativa
providencie o Requerimento por escrito. Enquanto isso, a Verª Sofia Cavedon é a
única Vereadora que está inscrita. Ela ainda tem o seu tempo assegurado, antes
de votarmos o Requerimento formulado pelo Ver. João Antonio Dib, se porventura
a Verª Sofia quiser assim manter a sua inscrição.
A Verª Sofia Cavedon
está com a palavra para discutir o PLE nº 001/03.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Ver. Luiz Braz, na presidência dos trabalhos; Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, tratando-se do tema de praça, Verª
Clênia, quero dialogar, e, de fato, quero aqui reconhecer que tenho visto nos
jornais o esforço do Secretário Beto Moesch em adotar algumas praças, de trabalhar
na recuperação permanente. Mas eu quero dizer que esse é um dos problemas do
conjunto do Governo. O problema é que não há sistematicidade; há uma ação
pontual e discricionária da decisão do Secretário, que atua aqui, lá ou acolá,
mas o trabalho orgânico, o trabalho de educação ambiental, fundamentalmente e
principalmente o trabalho na periferia da nossa Cidade de educação ambiental,
preservação de espaços, praças, preservação do meio ambiente, não estão
acontecendo. Não há um funcionamento dos fóruns locais, do anunciado comitê
gestor, não há uma articulação e integração das Secretarias, e, nesse sentido,
um dos principais órgãos com maiores problemas é o DMLU. E eu quero aqui
mostrar fotos de 2006 (Mostra as fotos.) que tratam do Recanto do Sabiá. São
três fotos do Recanto do Sabiá, um Recanto que poderia ser maravilhoso, onde o
Arroio Feijó está extremamente poluído e sendo aterrado pelo lixo, e não é
porque a comunidade não queira a ação do Governo, porque, desde o ano passado,
já pautei o DMLU, diferentes vezes, em diferentes momentos, para estar lá, este
ano já levei o Secretário Beto Moesch, e fiz estas fotos com a presença do
Secretário Beto Moesch.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Verª Sofia Cavedon, sou obrigado,
novamente, a interromper o tempo de V. Exª que não tem prejuízo do seu tempo,
mas apenas para dizer que estamos discutindo, Verª Sofia Cavedon, o Projeto do
Executivo que fala sobre uma praça e V. Exª está falando sobre o Recanto do
Sabiá.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Eu trouxe algumas praças para mostrar, Ver. Luiz
Braz.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Sim, mas nós estamos discutindo
um Projeto, Verª Sofia Cavedon, e peço que V. Exª, por favor, colabore com a
Mesa.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Eu ouso discordar, Vereador-Presidente, desse
cerceamento de liberdade do Vereador de contextualizar o seu voto e a sua
posição sobre os projetos nesta Casa. Muitas vezes, nós temos que trazer
exemplos que não são exatamente do Projeto para a gente marcar um
posicionamento. E acho complicado ser todo o tempo cerceado, censurado na fala.
Ora, eu trouxe exemplos de praças, de espaços abertos desta Cidade, e estou
afirmando, como veio aqui o Ver. Adeli dizer que muito mais importante do que o
Executivo estar fazendo projetos - eu sei que é um projeto mais antigo, que
resolve um problema burocrático, porque não tem mais a praça, então vamos
retirar o nome - é nós discutirmos aqui a política pública desta Cidade, de
preservação das nossas áreas de praça e da preservação da limpeza urbana e da
educação ambiental nesta Cidade. É isso que eu estava aqui argumentando, Ver.
Luiz Braz.
E acho que a
população deve se sentir gratificada ao ouvir a sua voz, porque, aqui, o
Recanto do Sabiá tem pedido socorro, eles querem viver bem naquele canto. Eles
vivem da coleta de lixo, o lixo não é recolhido regularmente, e aí a sobra vai
acumulando, e o Ver. Nedel conhece muito bem, e está aterrando o Arroio Feijó,
está prejudicando a saúde pública, e como está chegando o verão, há ratos,
mosquitos; a situação sanitária é insuportável. Levei o Secretário Beto Moesch,
visitamos as duas escolas municipais para retomar um trabalho ambiental, e o
próprio Secretário reconheceu que o problema é que não há mais um trabalho
continuado de educação ambiental, e o DMLU, pela desastrosa mudança de gestão,
está ausente da Cidade.
O Sr. João Carlos
Nedel: V. Exª permite um aparte? (Assentimento da
oradora.) Vereadora, como V. Exª sabe, os Vereadores têm uma instância que é o
Pedido de Providências. Eu gostaria, depois, de receber cópia para eu encaminhar,
então, um Pedido de Providências para solucionar esse assunto.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Ver. Nedel, eu levei o próprio Secretário nesse
lugar, o Secretário de Meio Ambiente foi lá, eu uso outras formas e, às vezes,
faço Pedidos de Providências formais, mas procuro agilizar, porque a comunidade
cansa de esperar, Ver. Nedel, pelos processos burocráticos. E, aqui, eu quero
só terminar dizendo: essa Vila aqui, com lixo amontoado se chama Cosme e
Galvão, ao lado do Iguatemi, e a outra é a Vila Nova Divinéia. Já falei aqui,
na antiga Divinéia, Mato Sampaio, a escola vive no meio do lixo aberto. Então,
eu acho que nós temos de acordar: mais do que nome de praças, a Cidade precisa
de uma educação ambiental permanente e qualidade nos seus serviços.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em votação o Requerimento do Ver.
João Antonio Dib para que a discussão do PLE nº 001/03 seja adiada por uma
Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4117/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 022/06, de autoria da
Ver.ª Mônica Leal, que institui o Programa de Incentivo ao Uso de Energia Solar
nas Edificações com o objetivo de promover medidas necessárias ao fomento do
uso e ao desenvolvimento tecnológico de sistemas de aproveitamento de energia
solar.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Mario Fraga: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do
Dia por força do art. 81 da LOM, em 09-11-06.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em discussão o PLCL nº 022/06.
(Pausa.)
O SR. PAULO ODONE
(Requerimento): Sr. Presidente, é só um
Requerimento em relação a esse pedido de adiamento. Eu compulsei o Projeto de
Lei que é do Prefeito João Verle. Sobre o Projeto foi requerido, por diversas
Comissões, pelo menos três diligências ao Poder Executivo, duas antes. Depois,
quando chegou nesta gestão, já com o atual Prefeito, o pedido de
desarquivamento para votar, até por Parecer do Ver. Comassetto, foi pedida
novamente outra diligência para informar a respeito dessa questão da praça em
que desapareciam o nome e as razões. E veio com Parecer para julgamento do
Processo, mas já está na Casa um Pedido de Diligências, que foi feito, este
ano, ao atual Prefeito e que está respondido, só não está ainda anexado ao
Processo. Então, eu vou pedir a V. Exª - até porque fica difícil decidir sobre
algo que foi pedido tantas vezes e nunca atendido - para que peça à Secretaria
que anexe a esse Processo a diligência respondida à Casa, agora recentemente,
pela Secretaria do Meio Ambiente e pelo Prefeito Municipal.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Agradeço a V. Exª, Ver. Paulo
Odone, e peço à Diretoria Legislativa, por favor, fazer essa anexação desses
documentos que vieram do Executivo, para que o Processo tenha todas as
informações necessárias.
A Verª Mônica Leal
está com a palavra para discutir o PLCL nº 022/06.
A SRA. MÔNICA LEAL: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, nós sabemos que a
aplicação de energia solar é uma importante prática econômica. Sabemos que o
aquecimento da água é pouco aproveitado na nossa Cidade, já que essa
infra-estrutura convencional, na maioria das residências brasileiras, é baseada
em chuveiros elétricos. Num primeiro momento, esse equipamento é de baixo
custo, mas de elevado grau de consumo de energia ao longo da sua vida útil, e
que gera importantes demandas de capital para o setor elétrico e altos custos
ambientais e sociais.
Os chuveiros
elétricos consomem mais de 6% de toda a eletricidade produzida no País, e são
responsáveis por pelo menos 18% do pico de demanda desse sistema.
Eu gostaria só de
alertar para algumas das vantagens ambientais, econômicas, sociais por
substituir a hidroeletricidade e combustíveis fósseis, como petróleo, carvão,
gás natural. Cada instalação de aquecedor solar reduz, de uma vez e para
sempre, o dano ambiental regional das fontes de energia convencionais. Não
produz gases e materiais particulados que contribuem para a poluição urbana que
é tão conhecida por todos, porque falamos e acompanhamos pela imprensa. Não
requer área alagada adicional para a geração de eletricidade; não produz lixo
radioativo. A contribuição é imensa para o desenvolvimento econômico, pois os
aquecedores solares não demandam investimentos de capital elevados para a sua
produção, e podem, sim, ser produzidos por empresas de pequeno e médio porte.
Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, acredito que este é um importante Projeto para a contribuição
econômica e ambiental da nossa Cidade. Eu peço uma atenção especial para a
aprovação deste Projeto. Obrigada.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Obrigado, Verª Mônica.
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para discutir o PLCL nº 022/06.
O SR. ADELI SELL: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores e Vereadoras, a Verª
Mônica Leal propõe este Projeto e deve saber, até pelo conteúdo, pela densidade
da Exposição de Motivos, que na Pontifícia Universidade Católica da nossa
Cidade tem um espaço dentro do Instituto de Física que não só estuda mas
pesquisa profundamente e tem estudos relevantes sobre a importância da
utilização da energia solar. Acho que, inclusive, nós estivemos um pouco
desatentos quando da discussão de pauta nas Comissões, porque nós poderíamos
ter convidado o Instituto de Física da Pontifícia Universidade Católica,
porque, talvez, falando para um conjunto maior de Vereadores, teria sido de
grande utilidade para todos nós termos uma apreensão mais profunda do que V.
Exª quer com o seu Projeto.
Eu ainda não tive a
oportunidade de ver o documentário que está passando na Cidade, do Al Gore -
todo mundo sabe que ele foi Vice-Presidente da República dos Estados
Unidos. Amigos e amigas que viram este documentário dizem que é chocante, e
que, inclusive, nos puxa as duas orelhas para que nós tenhamos a atenção devida
para com os danos profundos que nós estamos fazendo com o ambiente, com a
terra, com o desperdício de energia.
Muitas vezes nós
verificamos isso aqui mesmo. Nós temos aqui o privilégio de ter os banheiros na
parte lateral do plenário, e nós deveríamos, na verdade, toda vez, desligar as
tomadas ao sairmos, ou, quando termina a gravação de TV, apagar as luzes na
área de TV. São coisas no nosso cotidiano às quais muitas vezes nós não damos a
devida atenção. Isso é determinante, Verª Mônica, para o futuro de uma cidade
do porte de Porto Alegre, pois imaginem uma Cidade do porte de São Paulo e
outras megametrópoles que têm profundos problemas de energia.
Nós estamos vendo que
se nós tivéssemos todo um trabalho, uma assessoria dos Poderes Públicos
constituídos, em nível municipal, local e federal, nós estaríamos, sem dúvida
nenhuma, sem aquele apagão do passado, e, talvez, sem a Espada de Dâmocles
sobre a nossa cabeça, que seria a possibilidade de um futuro apagão.
O Sr. João Antonio
Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.)
Nobre Ver. Adeli Sell, quero cumprimentá-lo pela clareza com que V. Exª expõe o
seu pensamento e lembrar que o Brasil é um País aquinhoado por Deus, com uma
energia solar extraordinária. Nós fazemos o horário de verão, e isso não seria
necessário se nós utilizássemos energia solar nas nossas residências. O meu
filho tem uma casa que utiliza energia solar, e ele gasta um botijão de gás a
cada seis, sete meses; chega a ficar quase um ano sem mexer no botijão de gás.
A energia solar é barata, há só o custo da instalação, depois funciona
permanentemente.
O SR. ADELI SELL: Eu vou ousar pegar o exemplo do gasto do gás liquefeito, com o qual se
gasta uma barbaridade. Se você não gastar energia elétrica no seu banheiro, se
você tem um aquecedor a gás, por exemplo, você vai gastar o gás liquefeito, e o
gasto para o aquecimento da água – tanto usando energia elétrica como gás - é
brutal. Então, o exemplo que foi dado pelo engenheiro, nosso colega João Dib, é
muito claro e preciso acerca da importância de projetos dessa natureza. Nós,
portanto, não estamos apenas nos colocando favoravelmente, como também somos
incentivadores. E agora a Verª Mônica me deixou essa dica para que, num futuro
próximo, a gente traga alguém do Instituto de Física da PUC, para que possamos
discutir, aqui, com os Vereadores, dentro da revisão do Plano Diretor.
Fiquei sabendo, há
pouco, que o nosso ex-colega José Fortunati será o novo Secretario Municipal do
Planejamento. Portanto, nós teremos, sem dúvida nenhuma, a possibilidade de
discutir com o futuro Secretário Fortunati essa questão, no Plano Diretor, do
ordenamento da Cidade e todas essas questões que digam respeito ao Planejamento
Urbano e Ambiental de Porto Alegre. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Carlos Comassetto está com
a palavra para discutir o PLCL nº 022/06.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; colegas Vereadores,
Vereadoras, venho, aqui, trazer o apoio incontestável ao Projeto da Verª Mônica
Leal. Quero, primeiro, fazer algumas referências sobre o quanto é importante
que os legisladores tratem e trabalhem temas que parecem simples, pois esse
tema tem uma relevância e profundidade para a humanidade extremamente
significativas.
O Projeto da Verª
Mônica Leal não faz nada mais, nada menos, do que propor à Cidade instituir um
programa de incentivo ao uso da energia solar. Energia solar, essa, que é tão
cara à humanidade. E o mundo está, a partir da ECO 92, no Rio de Janeiro, a
partir do Protocolo de Kyoto, a partir dos trabalhos que a Ministra Marina
Silva vem constituindo internacionalmente sobre a pauta brasileira do meio
ambiente, a partir das tecnologias alternativas - que não são tão alternativas,
assim, Verª Mônica, porque são energias que estão disponíveis - com energias
naturais, energias em potencial. E nós, homens, nos distanciamos da natureza e
não temos a percepção do que isso significa. E nós, ambientalistas e agrônomos,
trabalhamos muito com os temas ambientais. E eu me lembro que, em casa, como
pequeno agricultor, trabalhávamos com a energia solar para fazer a secagem dos
produtos, tanto dos grãos que eram colhidos, bem como a desidratação ou as
frutas secas - as ameixas, uvas e outros -, e para produzir isso utilizávamos a
energia solar. Quando a senhora apresentou o Projeto - inclusive o nosso
mandato tem um trabalho também relacionado a discutir o tema - estamos
discutindo justamente com o Instituto de Santa Catarina, que desenvolveu o
sistema de energia solar para habitação popular de tal forma que, com
aproximadamente 150 reais, instalam o equipamento numa habitação popular.
A Sra. Mônica Leal: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Eu gostaria de
aproveitar a oportunidade para informar, Vereador, que o CB-Solar, da PUC,
esteve presente aqui, Ver. Adeli Sell, no Seminário de Energia Solar, a meu
convite.
O SR. CARLOS
COMASSETTO: Não só essa, mas também outras entidades estiveram
aqui presentes, como o Amigos da Terra, etc. Mas o que eu quero ressaltar aqui
é que este Projeto é só um orientador, um indicador, e nós precisamos trabalhar
essas políticas para que elas se tornem realidade.
Eu faço uma proposta,
desta tribuna. Nós vamos fazer a revisão do Plano Diretor e o nosso Plano
Diretor não tem nenhum capítulo desdobrado daquilo que diz aqui, com uma
estratégia de que a Cidade promove as qualidades de vida e do ambiente. Essa
sua iniciativa está centrada no Cidade Constituinte, lá de 1993, e centrada no
atual Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. Portanto, creio que
nas estratégias de qualificação ambiental nós podemos trabalhar pluralmente um
capítulo, que é o da tecnologia da sustentabilidade para que possamos absorver
isso.
Eu gostaria de dizer,
não só para Vossa Excelência, que é da base do Governo, que a maior dificuldade
que têm os técnicos que propõem um projeto com tecnologia alternativa é que não
conseguem aprová-lo, porque a estrutura municipal não está qualificada para
analisar esses projetos. Então, essa é uma lacuna que também nós teremos que
resolver. Trago este tema porque ele precisa ser desdobrado. E eu creio que,
com a vinda do Plano Diretor, a sua iniciativa já vai estar homologada, com
certeza, pelo Executivo Municipal. E que o Executivo abra as portas para que
possamos aprofundar a aplicação da energia solar, que é uma energia que a
natureza nos oferece gratuitamente e que a inteligência dos homens e das
mulheres - como V. Exª - pode tornar realidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Carlos Todeschini está com
a palavra para discutir o PLCL nº 022/06.
O SR. CARLOS
TODESCHINI: Sr. Presidente, Ver. Luiz Braz; Srs. Vereadores e
Sras Vereadoras, assistência deste plenário, o Projeto proposto pela
Verª Mônica Leal é altamente meritório. Nós, todos, temos a vida na Terra,
porque temos a energia do astro-rei, o Sol. E o aproveitamento dessa energia,
de forma inteligente e limpa não só é importante e necessária na sociedade do
consumo da energia, como é uma imposição para a preservação do ecossistema, do
meio ambiente, e para a garantia das futuras gerações. Por isso nós temos que
aprovar e saudar a vinda deste Projeto, que, no mínimo, é um estímulo para que
as pessoas se conscientizem e possam implantar os sistemas de energia solar,
economizando a energia fóssil, economizando as árvores, economizando outros
gastos de energia. Mas quero ver também, Verª Mônica, o mesmo apoio – e creio
que terei da sua Bancada -, para o Projeto do uso obrigatório do biodiesel, que
também vem, em paralelo, dialogar com a questão da sustentabilidade, de se
evitar a queima de combustíveis fósseis e da utilização de uma energia
renovável. Creio que devemos ter uma multiplicidade de alternativas
sustentáveis e ambientalmente limpas, porque o que está em questão é a garantia
da sustentabilidade e do futuro da vida sobre nosso Planeta, onde a questão da
energia é uma questão-chave, sim. Espero, então, que a base do Governo também,
assim como tenho a certeza de que aprovará o seu Projeto, possa aprovar, na
semana que vem, o nosso Projeto. Sei que há Parecer favorável do Presidente da
COSMAM, Ver. João Carlos Nedel, e de outras Comissões, mas é um conjunto de
medidas e ações no alcance do Município que sinalizam para uma mudança de
atitudes, uma mudança de posturas. Não é por acaso que há poucos dias tivemos,
em Nairóbi, a Conferência Mundial do Clima, onde as principais lideranças da
democracia do mundo estavam voltadas para este tema, para a questão da
preservação da vida no Planeta, e que passa pelo uso inteligente e de energias
limpas, de energias sustentáveis. Da mesma forma que nós tivemos o alerta, há
poucos dias, no Rio dos Sinos, da mortandade de mais de 80 toneladas de peixes,
ou a morte de um milhão e meio de peixes, causando, talvez, o maior desastre
ambiental vivido no Rio Grande do Sul. Isso nos põe em alerta. Por exemplo, há
um ano e meio ou mais, que nós não temos ações concretas de andamento do
Programa Socioambiental. Não estou contrariando aqui, estou apenas cobrando a
necessidade da urgência de atitudes, porque o despejo de esgotos na bacia do
Guaíba ou nos seus afluentes foi o que roubou a oxigenação do rio e causou a
mortandade dos peixes que estavam em piracema, agora. Isso faz parte, Ver. Dib,
da preservação dos elementos da natureza, onde a água é um dos elementos
fundamentais. Aliás, a fotossíntese desdobra a água e devolve para a natureza o
oxigênio e os elementos. Nós temos um ciclo, um ciclo sustentável, um ciclo que
precisa não ser agredido; mas precisa ser preservado, e o ciclo da água faz
parte integralmente de todo o ciclo da energia e precisa ser preservado na
totalidade, porque assim nós estaremos preservando a vida e o equilíbrio do
ecossistema. E assim nós estaremos garantindo a sobrevivência e as condições
ambientais para as futuras gerações. Da mesma forma, também o Ver. Bernardino
tem um Projeto que trata do uso de gás natural veicular, que também é uma outra
face que vem a se somar a esse conjunto de iniciativas, que precisa ser
aprovado aqui nesta Casa, porque é um Projeto muito importante; é um Projeto
“bola cheia”, assim como o da Verª Mônica o é, e assim como o nosso Projeto, eu
tenho certeza de que ele tem essa característica.
É por isso que
estamos alegres, estamos muito satisfeitos de vir aqui debater um Projeto que
tem este teor e esta importância para a Cidade. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Obrigado, Ver. Todeschini. Não há mais quem queira
discutir. (Pausa.)
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, quero discutir.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Vereadora, tenho aqui as
inscrições e V. Exª não se inscreveu. Peço desculpas a V. Exª, mas tenho aqui
as inscrições e as inscrições venceram.
Em votação o PLCL n.º
022/06. (Pausa.) A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para encaminhar a
votação do PLCL n.º 022/06.
A SRA. SOFIA CAVEDON:
Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu me surpreendi
com a pouca discussão deste Projeto, primeiro pelo pouco tempo de tramitação na
Casa, Verª Mônica. Eu acho que a idéia é muito louvável, é necessária, só que
eu temo que vire uma letra morta porque é um Projeto que só tem o Parecer da
CCJ e já veio para a Ordem do Dia. Este Projeto vai instituir um programa de
incentivos - chamo a atenção dos Vereadores -, inclusive com a previsão, no
segundo parágrafo, de incentivos fiscais a serem concedidos para a instalação.
Eu não consigo imaginar de que forma, para quem? Incentivo fiscal para o
morador? Incentivo fiscal para a empresa? Incentivo fiscal para quem produz?
Acho que o tema, por ser extremamente importante para a preservação do meio
ambiente, deveria ser mais discutido. Este tema, inclusive, vem na lógica que o
Governo Lula está imprimindo neste País de construção de alternativas de
energia...
A Sra. Mônica Leal: V. Exª permite um aparte?
A SRA. SOFIA CAVEDON:
É encaminhamento, Vereadora, eu não posso conceder
apartes. Lamento, porque eu acho que nós deveríamos ter ficado na discussão por
mais tempo.
O Presidente Lula encaminhando,
aqui em Osório, o parque eólico; está trabalhando com as energias renováveis,
criando auto-suficiência para o Brasil, soberania, novas tecnologias. Então,
esse tema é extremamente importante. A Casa não pode trabalhar esse tema num
rito sumário como está sendo trabalhado. Algumas vezes eu tenho que concordar
com o Ver. Dib sobre o art. 81. Alguns Projetos são mais simples, eles são
urgentes e podem ser feitos dessa maneira; mas, este tema - Verª Mônica, eu não
votarei contra porque eu acho que é importante que se busque todas as energias
alternativas e limpas para que possamos substituir e preservar o planeta -,
temo que ele não se torne viável, porque há uma possibilidade de incentivo
fiscal, cria um programa, não há responsáveis. Eu não vi um posicionamento do
Governo sobre isso. Nós não temos a contribuição dos Vereadores nas diferentes
Comissões - na Comissão de Saúde, na Comissão de Meio Ambiente -, e, portanto,
ele sai da Casa verdinho, na minha avaliação.
Portanto, é um
Programa que merecia um olhar mais atento, um debate com o Governo, um
aprofundamento para que ele possa sair daqui talvez impulsionando a
possibilidade real de acontecer na Cidade.
E eu acho que a gente
não pode entrar nessa lógica que, infelizmente, temos assistido. O Ver.
Todeschini alertou bem, e nesses dias, olhando para o Guaíba, lá do Morro do
Sabiá, fiquei sonhando: “Puxa, quando é que vamos voltar a pescar no nosso
Guaíba?” Que linda, que maravilhosa é nossa orla e, quiçá, nós ainda venhamos,
e espero que não, viver o que viveu o Rio dos Sinos, que, na extrema
poluição, matou milhares de peixes! E a nossa cidade de Porto Alegre vinha num
movimento necessário, e que o País assuma. Eu espero que o segundo Governo do
Presidente Lula, assim como está atuando fortemente nas energias alternativas,
atue fortemente para Municípios e Estados sanearem os seus esgotos, tratarem o
seu lixo, recuperarem os seus rios e mares. Porque, olhem, as belíssimas praias
de Florianópolis estão poluídas! O nosso belíssimo rio Guaíba está poluído! Os
nossos rios não têm mais peixes, eles não sobrevivem! E o Socioambiental era um
Projeto que projetava a cidade de Porto Alegre para uma cidade de primeiríssimo
mundo, no sentido de recuperar o nosso rio.
O Ver. Carlos
Todeschini cobra e eu cobro bem aqui, também. Não adianta nós levantarmos belas
utopias, se o que está na nossa mão e na nossa responsabilidade não tem desta
Câmara uma contundente cobrança e um envolvimento para que não se abandone -
Ver. Professor Garcia, que é da base do Governo, que tenta sustentar o
insustentável, como muitas vezes vi aqui – a cidade de Porto Alegre, pois tem
condições de enfrentar a situação de poluição do seu rio, de tratar o seu
esgoto. Mas com a ausência de políticas que estamos vendo, a perspectiva não é
boa.
Então, Verª Mônica
Leal, não votaremos contra, somos a favor, só achamos que a discussão foi muito
sumária e, talvez, o Projeto saia daqui sem condições de acontecer na vida.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para
encaminhar a votação do PLCL nº 022/06.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, é tão difícil
construir o simples, que ninguém mudou o “Parabéns a você”.
O Projeto de Lei da Verª Mônica Leal é da mais
alta relevância e da mais alta simplicidade. É verdade que a Vereadora coloca,
no art. 2º e 3º, a possibilidade de incentivo fiscal, mas o Prefeito pode até
vetar e não altera o Projeto, porque o que importa é o art. 1º do Projeto que
institui o programa de uso da energia solar, que nós temos de sobra, graças a
Deus, neste País. E eu quero dizer, também, que o equipamento de energia solar
também funciona nos dias em que não há sol, no tempo nublado, naqueles dias que
nós chamamos dias de mormaço, também funciona,
também atraem e acumulam energia.
Portanto, se o
Prefeito entender que não deve dar incentivo, ele não o dará. Então, ficam os
artigos 1º e 4º - esses, sim -, porque o Prefeito terá de regulamentar dentro
do Código de Edificações, para dizer como é que se faz, como é que ele quer que
seja feito. Os técnicos da SMOV dirão, e é só o que tem que fazer.
Portanto, a idéia da
Verª Mônica, além de salutar e inteligente, é importantíssima para a economia
das nossas residências e daqueles que hoje reclamam que a conta de luz é bastante
elevada. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Obrigado, Ver.
João Dib.
Em votação, por
solicitação desta Presidência, o PLCL nº 022/06. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 25 votos SIM.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N. 4692/05 – PROJETO DE LEI DO
LEGISLATIVO N. 220/05, de
autoria do Ver. Márcio Bins Ely, que torna obrigatório o protocolo de toda e
qualquer reclamação, ofício, requerimento, solicitação de informações dirigida
mediante documento formal e por escrito, pelos consumidores, a empresas que
tenham matriz e filiais no Município de Porto Alegre.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Adeli Sell: pela rejeição do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto ;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. Cassiá Carpes: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia em 12-06-06.
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): Em discussão o
PLL nº 220/05. (Pausa.) O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir
o PLL nº 220/05.
O SR. MÁRCIO BINS
ELY: Sr. Presidente, Vereadores e Vereadoras, venho a
esta tribuna para discutir o Projeto de Lei de minha autoria, que torna
obrigatório o protocolo de toda e qualquer reclamação, ofício, requerimento,
solicitação de informação, dirigida mediante documento formal e por escrito
pelos consumidores a empresas que tenham matriz e filiais no Município de Porto
Alegre.
Inicialmente, quero
dizer que este Projeto de Lei surge a partir de uma discussão que nós tivemos
com a Andicon, Associação Nacional de Direito e Defesa do Contribuinte, com
sede em Porto Alegre. E vem, justamente, no sentido de preencher uma lacuna do
vencimento da etapa do processo, entre aspas, administrativo. Por que eu digo e
me refiro ao processo administrativo nesses termos? Porque, atualmente, quando
o consumidor tem alguma reclamação, por exemplo, compra um eletrodoméstico e
tem uma dificuldade, o eletrodoméstico está estragado, ou quer encerrar uma
conta no Banco, ou tem um problema junto às companhias telefônicas, o
contribuinte, por exemplo, no cartão de crédito - bem colocado pelo Professor
Garcia - não tem como justificar, quando ele necessita ir a juízo, de que ele
tentou vencer a etapa administrativa, que ele foi até às lojas, ou que ele foi
até o estabelecimento bancário, ou que ele foi até a administradora do cartão
de crédito para falar com o responsável a respeito da sua reclamação, do seu
problema, da sua dificuldade; que ele tentou vencer aquela etapa num diálogo
direto com aquele que lhe ofereceu o produto, que lhe vendeu o produto ou
aquele que lhe presta o serviço. Então, no sentido de conferir essa garantia ao
consumidor de Porto Alegre, para que ele possa chegar lá no banco e dizer que
quer encerrar a sua conta – “carimba aqui, que a partir de hoje, eu não tenho
mais conta nesse banco” -, é que nós estamos fazendo o presente Projeto,
estamos apresentando e submetendo aos nobres Pares a apreciação deste Projeto.
Eu gostaria de dizer
que tive uma conversa, agora há pouco, com o Secretário da SMIC - Indústria e
Comércio -, Idenir Cecchim, que também entende oportuno e importante este
Projeto, até porque o Idenir tem a compreensão de que logo nós vamos aprovar o
Procon municipal, e essas questões vão ser remetidas ao Procon municipal, que
será o órgão que vai fiscalizar, autuar, porque nós estamos prevendo aqui,
inclusive, multa pela falta do cumprimento da legislação que estamos propondo.
E temos certeza de que essa é uma grande contribuição para Porto Alegre, para a
comunidade porto-alegrense, porque visa a estabelecer uma regra de conduta que
nós entendemos razoável por parte daqueles que vendem ou prestam serviço em
Porto Alegre, garantindo ao consumidor, ou àquele que se dirige para adquirir o
produto ou o serviço, uma instância de reclamação, para que ele possa ser
ouvido e tenha uma resposta a respeito daquela manifestação, seja uma crítica,
uma denúncia ou uma reclamação, e que isso seja formalizado através de um
protocolo de um recebimento. Então, eu gostaria de solicitar aos nobres Pares o
apoio no sentido da aprovação do Projeto. Entendo que é um Projeto oportuno,
razoável e que vai trazer um benefício, porque muitas são as reclamações. Eu
até diria que as campeãs de reclamação são as que dizem respeito à telefonia;
depois, ao sistema financeiro. E muitas vezes a gente tenta fazer uma
reclamação, faz uma ligação; aí transferem, tem que digitar o número tal, e o
número tal passa para a secretária tal; quando se vê, estão falando em espanhol
no telefone, para a gente conseguir registrar uma reclamação. Então se dá o
número do protocolo da reclamação por telefone, mas não se tem nenhum
documento, nada formal, não se tem um papel que possa comprovar que se fez, que
se protocolou e que realmente está-se solicitando alguma solução a respeito de
um determinado tema. É nesse sentido que nós formalizamos o presente Projeto e
pedimos a atenção dos nobres Pares para a aprovação. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. João Antonio Dib está com
a palavra para discutir o PLL nº 220/05.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs.
Vereadores, eu sou um simples engenheiro; o Ver. Márcio Bins Ely é um ótimo
advogado. Eu pediria a ele que considerasse com tranqüilidade o que ele está
colocando aqui nesse seu Projeto de Lei. O art. 1º torna obrigatório o
protocolo de toda e qualquer reclamação.
Vamos a um caso que
pode ocorrer com tranqüilidade. Saio daqui da Câmara neste momento, chego no
meu edifício, moro no 4º andar, não tem energia - a CEEE falhou em alguma coisa
- e eu não posso subir as escadas com as bengalas. E também não posso reclamar,
porque, segundo o art. 1º, eu tenho que, obrigatoriamente, protocolar toda e
qualquer reclamação, ofício, requerimento, solicitação.
Acho que a idéia que
ele tem deve ser a de proteger aqueles que fazem uma reclamação, mas acho que a
Redação não é a mais correta. Por isso que, na Comissão de Economia, Finanças,
Orçamento e do Mercosul, todos os Vereadores votaram contrariamente ao Projeto.
Eu acho que vale a
pena o Projeto ser revisado, vale a pena verificar a redação, porque, se eu
ligar para a CEEE, lá do outro lado vão dizer “só por escrito, meu amigo.” Se
eu ligar para o DMAE reclamando que está faltando água no meu prédio e eu quero
saber por quê... “só por escrito, meu amigo”. Eu acho que não é isso que o Ver.
Márcio Bins Ely deseja. E é por isso que eu sugiro a ele, como bom advogado que
é, que reexamine o seu Projeto, porque não vai ajudar, a não ser aquelas
empresas que gostam de maltratar os seus usuários, dizendo: “Não, só por
escrito, só por escrito”. E aí vai uma reclamação que não vai servir de nada.
Quando falta luz no
meu prédio, eu telefono para a CEEE, 190, e eles me atendem, mas, se eu
telefonar depois de aprovada a lei, eles vão me dizer: “Olha, Sr. João Dib, eu
gosto muito do senhor, mas, por favor, faça sua reclamação por escrito”. E aí
eu não posso descer no elevador, porque não tem luz, então não posso fazer o
meu requerimento por escrito e não vai adiantar nada. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz
Braz): O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir
o PLL nº 220/05.
O SR. ADELI SELL: Ver. Luiz Braz, na presidência dos trabalhos; colegas Vereadores,
Vereadoras, eu queria apelar ao Ver. Márcio Bins Ely que pedisse prorrogação e
fizesse uma reflexão inclusive sobre isso que o Ver. João Antonio Dib acabou de
colocar. Ver. Márcio Bins Ely, eu fiz um Parecer contrário na Comissão de
Constituição e Justiça, e ele foi aprovado; portanto foi negado na Comissão de
Economia.
Nós vamos ter o
Procon de Porto Alegre. O Projeto do Procon de Porto Alegre é igual ao que nós
redigimos na época em que eu estava na Secretaria, igual, vou aprová-lo ipsis
litteris, sem tirar e sem botar, porque nós temos necessidade de um Procon;
é necessário, é igual à época em que nós estávamos na Secretaria. Portanto, o
que o Vereador está propondo aqui é algo que eu venho me debatendo contra. Eu
estou há três semanas estudando com um grupo de pessoas a modificação na
legislação da SMAM. Exatamente por causa do protocolo é que você não consegue
acabar com a zoeira na Cidade. Imagine só protocolar toda vez que tiver um
problema, mesmo que o sujeito seja atendido pelo telefone e achar que está
demorando, vai lá protocolar, tem o traficante do boteco, onde ele tem um ponto
de droga, ninguém vai querer fazer um protocolo na Prefeitura, e a SMAM está
exigindo protocolo toda vez que tiver barulho na Cidade; caso contrário não vai
medir nunca, absolutamente nunca, a poluição sonora, e, quando está registrado,
não significa que vai acontecer, porque, nessa burocracia, as pessoas estão
perdendo tempo. Eu já fui Secretário, o processo vem para o Secretário, aí vai
para o setor A, vai para o setor B, e aí não tem carro da Prefeitura para ir
fiscalizar. Não sou eu quem está dizendo. Na SMAM não tem automóvel para
fiscalizar poluição sonora. Imagine agora, Ver. João Dib - que colocou com toda
clareza meridiana essa questão da burocracia. O Ver. Bins Ely tinha uma boa
intenção; no entanto ele está aumentando a burocracia, complicando a nossa vida
com o Projeto; não foi a sua intenção, mas a redação, tal qual está aqui, só
vem reforçar o problema que nós já temos na Lei Ambiental. No Decreto tem um
ponto que exige que o cidadão faça um protocolo formal. Isso é um inferno na
cidade de Porto Alegre, porque não se resolve nenhum problema de “zoeira”! Eu
acompanhei durante mais de um ano, Verª Mônica, o caso da Rua Vasco da Gama, nº
1070. Pois tem uma página no Orkut dessa sem-vergonhice batendo na SMIC!
Batendo na SMIC! Ver. Dib, o senhor disse antes que eu abri a metralhadora.
Pois eu vou, agora, sim, metralhar, porque o que estão fazendo numa página do Orkut,
defendendo aquele antro, que é na Vasco da Gama, nº 1070, contra o Secretário
Cecchin, contra a Prefeitura, é um negócio inadmissível! Inadmissível! O
Secretário fez bem, o Secretário fez aquilo que a SMAM deveria ter feito e não
fez, o Secretário Cecchin está certo: foi lá e fechou aquela espelunca, aquele
negócio que é um antro de corrupção, de safadeza, de drogadização e de barulho
que inferniza todo o bairro Rio Branco! Ninguém quer fazer denuncia formal na
região, não são loucos, não são loucos, porque lá já deu tiro a três por
quatro! Não, gente, não dá, está errado! Bins Ely, meu caro colega, não dá, o
seu Projeto burocratiza, o seu Projeto está equivocado. Vamos postergar, vamos
rever, vamos aprovar o Procon, que eu acho que é um bom pedido. Vamos discutir
com o Secretário, vamos resolver esse problema - é o apelo que eu faço ao nobre
Vereador, que, eu sei, é um homem de sensibilidade. Mas V. Exª aqui não vai
colaborar com isso. Eu acho que está errado. Me desculpe a ênfase que eu estou
fazendo, mas a nossa experiência faz a gente sentir o problema na carne. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): O Ver. Professor Garcia está com
a palavra para discutir o PLL n.° 220/05.
O SR. PROFESSOR
GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, primeiro, quero parabenizar o Ver. Márcio Bins Ely pela iniciativa.
Já foi colocado, e eu sei que V. Exª tem bom senso, e já está até pedindo que
seja adiado, para que V. Exª possa fazer correções no texto - eu acho que isso
é importante. Mas o que vejo como o mérito é a possibilidade, que hoje
realmente inexiste isso... E eu vou contar um caso concreto, por exemplo, que
aconteceu comigo ao tentar cancelar um cartão de crédito do banco Santander
Banespa, que fica na Rua Siqueira Campos, nº 1088. Fui tentar cancelar, e o que
me disseram? “Não, só por intermédio do fone 40041199.” Argumentei: “Então,
vocês me dão um documento que diga que não pode. E disseram-me: “Não damos
documentos”. Aí eu fui falar com o Sr. Fábio Carvalho de Azevedo, gerente. E
ele perguntou: “E a sua conta?” E eu disse: “Não tenho conta neste banco”.
“Então mais um motivo que eu não tenho para lhe dar”. E eu disse: “Sim, mas, só
quero cancelar”. Só que, quando eles mandam, é assim. E outro caso concreto:
mandam o cartão e mandam a fatura para um outro endereço que a pessoa se mudou.
E aí? Quer dizer, existe a questão da má-fé do banco. Eu estou contando aqui a
questão do banco, mas nós podemos levar a questão telefonia, que eu mesmo já
fiz reclamação aqui. Só que isso aí é fato comum no Brasil. Na realidade, as
pessoas recebem os cartões de crédito - não querem -, e aí elas têm que depois
entrar em contato, por telefone, dizendo que não querem, porque, se elas não
responderem nada, daqui a um pouquinho, inadvertidamente usam o cartão ou
qualquer coisa, clonaram, e a pessoa vai explicar depois para quem?
Outra coisa, (dizem
que) “a fala está sendo gravada”, só que tu falas com quatro ou cinco pessoas,
e todas elas dizem assim: “Por medida de segurança, por gentileza, o seu CPF, o
seu endereço e data do nascimento”, e aí começa toda essa história que eu tenho
a certeza de que grande parte da população que já usou esse serviço em nosso
País se sente lesada. E aí não fala só o Vereador, fala o cidadão que, muitas
vezes, se sente lesado.
Essa questão do banco
Santander Banespa, da Rua Siqueira Campos, n° 1088, do gerente Fábio Carvalho
de Azevedo, eu vou levar adiante, porque não podemos comungar com isso. Eu
ainda tenho voz, mas, de uma maneira geral o que as pessoas fazem e conseguem?
Aí vão lá, vão pagando juros, vão pagando juros, e há várias explicações: “O
senhor não cancelou o seu cartão por isso é que estamos cobrando juro”. Aí, em
um determinado dia, tu recebes a informação: “O seu cartão foi cancelado”. Bom,
mas por que foi cancelado (agora), e antes não? “Não, porque ficou tanta
dívida, que resolvemos cancelar”. Na realidade, as instituições que mais
faturam no nosso País são instituições bancárias, mas são atitudes unilaterais,
ou seja, só o banco leva, e o cliente não tem direito, e nós temos de inverter
essa posição. Então, quando V. Exª propõe, é algo real, não é algo do
imaginário. Se eu estou colocando aqui e vejo que quase todas as cabeças
sinalizam, é porque isso acontece diariamente não só em Porto Alegre, acontece
no Estado e no País.
Então V. Exª vai
pedir o adiamento, por gentileza, faça a correção do texto e pode ter certeza
de que vai ter neste Vereador um colaborador, porque isso vai ajudar e muito.
E, talvez, Porto Alegre esteja dando um bom exemplo, para que as outras
capitais possam fazer uma legislação e, talvez, uma legislação federal que
corrija esses fatos, porque eu entendo que isso é algo nocivo, que faz com que
as pessoas percam tempo, porque, na verdade, o telefone seria para agilizar,
mas perdem tempo, quando não ficam, muita vezes, naquele telefone que dizem
para aguardar e colocam uma música, aí a ligação encerra, e tem de fazer uma
nova ligação, e vai passando, novamente, por várias pessoas.
Então quero lhe
parabenizar, faça a correção do texto, e acho que nós vamos poder aprovar.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em votação o Requerimento de
autoria do Ver. Márcio Bins Ely, solicitando o adiamento da discussão do PLL nº
220/05 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4190/06 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO N. 021/06, de autoria do
Ver. Dr. Goulart, que viabiliza a
regularização das atividades existentes e consolidadas nas ruas próximas e
adjacentes à Av. Professor Oscar
Pereira, com alteração no Código do Regime de Atividades, mediante o ajuste do
Modelo Espacial, Anexo 1, da Lei Complementar nº 434, de 1º de dezembro de
1999, e alterações posteriores (Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano
Ambiental de Porto Alegre).
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Valdir Caetano: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do
Dia por força do art. 81 da LOM, em
20/11/06.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em
discussão o PLCL nº 021/06. (Pausa.) Não há quem
queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.
O SR. JOÃO ANTONIO
DIB: Gostaria de dizer que um Projeto de Lei de autoria
deste Vereador precisa ser votado agora, porque ele só vai fazer efeito para o
ano que vem, que é a identificação dos logradouros. Não há o que discutir, é só
aceitar porque já aconteceu uma lei. Eu gostaria que ele fosse colocado em
votação.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em votação a prorrogação da
Sessão, por prazo não superior a duas horas, para discussão e votação da
matéria constante da Ordem do Dia hoje. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação o
Requerimento da Verª Maria Celeste solicitando que seja retirado de tramitação,
de acordo com o art. 106, inciso I, do Regimento, o PLL n.º 036/04. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO
GERAL E VOTAÇÃO
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3844/06 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 167/06, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que altera a ementa e o caput do art. 1º da Lei
nº 7.587, de 5 de janeiro de 1995, estabelecendo o ano de 2007 como Ano de
Identificação de Logradouros. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01
ao Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM, em 16-11-06.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em discussão o PLL n.º 167/06.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda
n.º 01 ao PLL n.º 167/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 2602/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 102/06, de autoria do
Ver. João Antonio Dib, que denomina Rua Antonio Pinheiro Cabral o logradouro
público cadastrado, conhecido como Rua 6314, localizado no Bairro Hípica.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE.
Relatora Ver.ª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 01-11-06.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em discussão o PLL n.º 102/06.
(Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3218/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 137/06, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua Doutor Julio Olszewski o logradouro
público cadastrado, conhecido como Rua 1313, localizado no Bairro Marcílio
Dias.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela rejeição do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 01-11-06.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em discussão o PLL n.º 137/06. (Pausa.)
Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem
aparte)
PROC.
N. 0838/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 029/06, de autoria da Ver.ª Neuza Canabarro, que
institui o Mês da Saúde Preventiva da Obesidade Infantil no Município de Porto
Alegre, que ocorrerá, anualmente, no mês de junho, passando a integrar o
Calendário de Eventos Oficiais de Porto Alegre. Com Substitutivo nº 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto, da Emenda nº 01 ao Projeto e do Substitutivo nº 01;
- da CEFOR.
Relatora Ver.ª Maristela Meneghetti: pela aprovação do Substitutivo nº 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Bernardino Vendruscolo:
pela aprovação do Substitutivo nº 01.
Observações:
- prejudicada a votação
do Projeto e da Emenda nº 01 ao Projeto, por força do art. 56, § 1º do
Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
por força do art. 81 da LOM, em 13-11-06.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Em discussão o PLL n.º 029/06 e o
Substitutivo n.º 01 do PLL nº 029/06. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em
votação o Substitutivo n.º 01 ao PLL n.º 029/06. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação o
Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão solicitando adiamento da
discussão do PLL nº 063/06 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Vereador-Presidente, eu gostaria de registrar, como estava um pouco
acelerada a votação, o meu voto de abstenção ao Projeto do Ver. Nedel, ao qual
dei Parecer contrário na Comissão de Educação, e explico: mesmo sendo uma rua
cadastrada, é legal não colocar a posição dos moradores, só que tem ocorrido, e
essa não é a primeira situação em que o Ver. Nedel denomina uma rua e ali tem
uma escola, ou neste caso, me parece que nós temos ali um galpão de reciclagem,
e as pessoas que trabalham ali na Escola Lygia Averbuck, por exemplo, ficaram
revoltadas com o nome da rua que foi dada na Escola, e agora vão querer
modificar o nome da rua, e nós não queríamos desrespeitar a pessoa homenageada.
Então, acho que, mesmo sendo cadastrada, nós deveríamos ter uma posição das
instituições que estão na rua, dos moradores... É nesse sentido que eu me
abstenho e levanto esta ponderação para que tenhamos mais cuidado nessas
votações de nomes de ruas.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Verª Sofia, passado o momento da
votação, V. Exª sabe que não pode mais votar; V. Exª apenas registra que não
gostaria de constar entre os Vereadores que votaram favoravelmente a esta matéria,
mas é um registro que V. Exª faz, e V. Exª sabe a força do Regimento.
Vencemos toda a pauta
prevista para o dia de hoje, assim como aconteceu, também, no dia de ontem,
vencemos toda a pauta que foi estabelecida pelas Lideranças.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Agradeço a informação de Vossa
Excelência.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): V. Exª, Ver. Haroldo de Souza,
sabe da importância dessa reunião, e V. Exª tem contribuído muito para que a
gente possa, de alguma forma, acertar detalhes de votação, muito embora
tenhamos tido problemas, hoje, com relação à ordem estabelecida, mas isso não
invalida que a gente continue fazendo as discussões da segunda-feira, que têm
ajudado, inclusive com a participação de V. Exª em todas as reuniões.
O SR. PRESIDENTE
(Luiz Braz): Está certo, Vereador.
Encerramos a presente
Sessão.
(Encerra-se a
Sessão às 19h07min.)
* * * * *